quarta-feira, 30 de março de 2011

Herdeiros de Costas Largas no Brasil

 Padre Firmino da Anunciação Gouveia partio com sua mãe Anunciação
para o Brasil com apenas 3 anos em 1928
Seu pai e seu avô materno Manuel Gonçalves já se encontravam aí emigrados


Date: Fri, 11 Mar 2011 22:51:42 -0300
Subject: Visitar Frádigas
From: joabgovea@brturbo.com.br
To: candidojosemartins@hotmail.com

Prezado senhor Cândido,
Meu nome é Joab, sou neto de Maria da Anunciação, nascida em Frádigas e que veio para o Brasil na década de 20, que, à época, era jovem e casada com José de Gouvea (de São Gião). Havia pedido o primeiro filho e tinha um segundo, meu tio Firmino Gouvea, hoje com 86 anos. Já em Belém, no estado do Pará, nasceram os dois outros filhos, Maria Gouvea, 82 (minha mãe) e João Gouvea, 72.
Embora não saiba praticamente nada a seu respeito, nem mesmo se temos algum vínculo de parentesco, vejo que tens muito interesse nas hitórias da família, principalmente quando ligadas a Frádigas.
Eis aí a razão do meu contato.
Estou planejando levar os três irmãos para conhecer Portugal, em especial, Frádigas, a terra dos nossos. Hoje, mesmo em idades avançadas, acredito, ficarão muito felizes em conhecer parentes e visitar lugares que muito ouviram quando crianças. Acho que será uma boa oportunidade para estabelecer contatos, fazer levantamentos, registros e links do histórico familiar.
Por hora, tudo está no campo do planejamento, até porque, uma viagem desta natureza exige muito cuidade, tendo em conta  a idade e as condições físicas dos três irmãos.
Bem, se houver interesse neste assunto, peço que entre em contato.

Joab Gouvea



Dia 12/03/2011
Minha resposta

Bom dia Joab,
Quando dicidirem visitar Frádigas, gostaria de ser avisado  com antedencia, para podermos combinar um encontro "festa"  com parte da família, que somos muitos, residentes a maioria na Capital - Lisboa onde também eu resido........
Frádigas aldeia que me vio nascer e a vossa avó, fica a cerca de 300 km .
Atualmente em Frádigas só residem 24 pessoas, mas a nossa família contando com essa apernada da árvore que cresceu aí para o  Brasil,  outra na Argentina , alguns ramos na Europa e América do Norte, somos mais de 8oo pessoas.
Minha mãe Também ela Anunciação herdou o nome de vossa avó "sua madrinha e prima"
Frádigas com apenas 24 habitantes, mas; com cerca de 50 habitações a grande maioria portanto são casas de férias, onde nós nos deslocamos com frequencia para respirarmos aquele belo ar da Serra da Estrela e recarregarmos as baterias com a beleza e tranquilidade que em Frádigas se vive.
Os descendentes da Quinta das Fradegas somos uma família ,,,tanto por laços familiares que nos unem tanto  pelo sentimento que sentimos uns pelos outros.

"somos todos herdeiros do primeiro homem que a Frádigas chegou por volta de 1850"

Um abraço a toda a descendencia de Maria da Anunciação e José Gouveia "família Fradeguense que resolveu ficar aí pelas terras de Vera Cruz" Para onde o Pai de Maria Anunciação; Manuel Gonçalves os encaminhou e os três aí acabaram por falecer

Outros familiares Fradeguenses entre eles meu avô por aí andaram, mas voltaram para Frádigas na década de 1930.

Cândido Martins



 

LINGUÍSTICA UTILIZADA EM FRÁDIGAS

Palavras que os Fradiguenses utilizavam ainda nos anos de 1960
Muitas destas palavras foram trazidas do Brasil pelos Fradiguenses entre 1897 e 1930
Outras (poucas destas)  da Argentina entre 1931 e 1945
Algumas ainda fazem parte do dicionario de Português embora pouco sejam utilizadas

Frádigas

-Atramoucado - tolo/doido
-Atorduado -aparvalhado/ não bate bem da cabeça
-Abáda - avental com qualquer coisa
-Áuga - água
-Aventar - deitar fora
-Almocreve - o que compra e vende deslocando-se em burros
-Augado -  insatisfeito, que deseja/à espera de receber e não recebeu
-Apupar - gritar uuuuuuuuuuuuuuuu
-Apoguentado - preocupado/aflito
-Arrenegar - chatear
-Alveirada - intervalo de chva / deixou de chover
-Abelhudo - desesrascado/repara tudo
-Aveças - ao contrário
-Achanfrado - amalucado/ tonto
-Avezada - habituada
-Altarrona -  rapariga alta
-Alvadiço - atiradiço
-Amerzundado - instalado/não fazer nada
-Amolancar - estragar
-Amulagado - amolgado
-Agaçar - atiçar
-Acoitar - abrigar da chuva
-Arangar - a dizer , a resmungar
-Agancha - arame para conduzir um arco
-Aganchar -Puchar ramo de arvore para apanhar o fruto
-Àcata - à procura
-Achadiço - esquisito
-Ao calhas - qualquer maneira
-Aljabardo - mal vestido/camisa de fora
-Altarrão -rapaz alto
-Barranco - muro caido
-Borrar - sujar
-Borrega - ferimento com pus/calo bolha de água
-Bosta - excremento de vaca
-Bostela - crosta de ferida
-Bota - deita / entorna
-Botelha - abóbora
-Botelho- gordo
-Braveira - chorar muito (feroz)
-Berter - derramar
-Briol - frio
-Borralho - cinza
-Broxo - prego pequeno
-Bachicar - molhar com água atirada com as mãos
-Badalhoco - muito sujo
-Balcão - espaço à estrada de casa/pátio
-Baraço - corda fina
-Beijinhas - vagens de feijão
-Bicha ou rata - vagina
-Beirito - um pouco
-Brutamontes - bruto/que não diz nada de jeito
-Borda - local menos fundo num rio, poço/ borda do prato
-Barbudo - nevoeiro
-Beirolar - chuviscar
-Barbas - vento gelado
-Basto - espesso/sopa grossa /com muito entulho
-Bátegazita - chuvada fraca e curta
-Batecú - cair de cu
-Biscalhito - pedaço muito pequeno
-Biscalha - pedaço
-Berreiro - chorar muito
-Bico d´obra - coisa difícil
-Barriga de alqueire - barrigudo
-Bardo - local onde está o porco
-Calhau - pedra
-Calhoada - pedrada
-Coirão - ordinário
-Combaro - muro de uma leira
-Compinchas -  companheiros
-Corar - branquear ao
-Cueiros - fraldas
-Cramunheira - barulheira
-Codita - pequeno pedaço de pão
-Calhordas - fulano torto/ ruim
-Canchada - dar um passo largo
-Coizito - bocadito
-Catrapiscar - andar atraz duma rapariga para namorar
-Chaleira - cafeteira
-Chapinhar - bater na água
-Caganátias - excremento de ovelha e cabra
-Caganeira - diarreia
-Calhandrona - relez/ sem importancia
-Chambaril - utencílio de pau para pendurar o Porco
-Chícharo - feijão frade
-Chiqueiro - fazer lixo
-Caipira - malandro
-Chicara-cálice
-Degredo - viver sem sossego
-Derrancado - bom para o trabalho
-Destrambulhado - bruto aparvalhado
-Estrelincar - fazer muito barulho
-Eódepois - depois
-Emgadelha - sem chapéu
-Engalinhado - cheio de frio
-Esguelha - de lado
-Enfadado - cansado
-Esbrocelada - com falta de um pedacinho/louça/pão
-Ensertado - aberto/ começado a comer
-Espichar - esticar
-Esborralhar - desmanchar
-Esmoer - fazer a digestão
-Escurrupichar - Beber o resto
-Esgaziado - conduzir
-Esqueixada - côdea da broa meia levantada
-Esterlicada -
-Esqueirados - frida/lábios com frida
-Escaleiras -degraus/ escadas em pedra
-Estiado - parou de chover
-Estrotegar - torcer o pé
-É um pisquito - come pouco
-Está Quêda - está parada
-Esturricada - brôa queimada/comida que agarrou na panela
-Fariseu - mau/ que faz maldades
-Fuzeta ou fuzeira - vara de gurda chuva, onde se espetavam as batatas para assar no forno
-Farregodilhas - traquino/mexido
-Fedelho - traquino/
-Forro- sótão
-Fedor - mau cheiro
-Fedúncio - reles
-Fuderices - bisbolhetices
-Fungar - choramingar
-Gadelha - cabelo
-Gaiteiro - bem vestido
-Galheta -  palmada
-Grilo - pénis
-Gosma - interesseiro
-Hirejo - ateu/ não entrava na capela
-Imonado - chateado
-Ia na fisga - ia rápido/ ía à procura
-Ingrimanso -entreter/forma de passar o tempo com qualquer coisa tipo brinquedo
-Jabardo - sujo, porco
-Janelito- janela pequena
-Lambão - comilão/que tira primeiro
-Lombeirão - preguiçoso
-Lampeiro - o que tira primeiro
-Lambisgóia - pessoa que pouco importa
-Lamuria - choramingar
-Lapacheiro - sujidade (lama/liquídos)
-Lesma - escarro
-Lêvedar - fermentar
-Lixado -tramado
-Lôrpa - comilão
-Malina - doença estranha nos animais
-Malcriado - mal educado
-Deu um malhão -  deu uma queda
-Martólas - cabeçudo
-Medrar - crescer
-Meter o bedelho - intrometer-se
-Manadita - pouco                   
-Mê Filho - meu filho
-Mastronço - mal feito/a
-Migalha - pequeninos pedaços que caem
-Má bisca - pessoa que não presta
-Miscaros - cogumelos
-Miúfa - medo
-Malga - tijela
-Mixordeiro - provocador
-Mocho - triste/calado
-Moinante - correcio
-Monco - ranho
-Mouco - surdo
-Nalgadas - palmadas nas nádegas
-Nalgas - nádegas
-Odre - vasilha em pel de cabra para tranportar vinho ou azeite
-Grande odre-idividuo que bebe muito/barriga grande
-Penca - nariz grande
-Pelanquim - varanda
-Pimpão - bem trajado/ todo bonito
-Papagaio- falar muito
-Paveia - braçado
-Paveíta de mato- mólho pequeno
-Pote- utencilio em barro onde se guardava o azeite
-Paleio - conversa
-Pulha - sacana/rélez
-Perrice - chorar
-Pertelinho - muito perto
-Pessinar - benzer/sinal da cruz
-Poaceira - poeira
-Péla - sertã/ frigedeira
-Postigo - pequena abertura/ janelito muito pequeno
-Putiz - miúdo/pequeno
-Pedrês - segurança de meia porta
-Pitróleo - Petróleo
-Quilhado - prejudicado/tramado
-Quinté - que até
-Relêgo - calma, cuidado
-Respigo - parte de cacho de
-Rabadela - vento forte
 -Remelgado - com sono
-Rilhar - trincar
-Roçar - cortar pequenos arbustos "mato"
-Sassaricar - andar dum lado para o outro
-Suvina - agarrado/ que não dá nada
-Selamurdo - calado
-Sabichão - o que julga saber tudo
-Sertã - péla/ frigideira
-Soltura - diarreia
-Sumisso - desaparecimento
-Taleiga - saca de pano
-Taleigo - saco de pel de ovelha
-Tens bichos carpinteiros no rabo - não paras quieto
-Talisca - buraco
-Talha - utensílio em barro para guardar as chouriças  no azeite
-Temperas - tripé para por a panela no fogo
-Tezicar - arreliar
-Tísica - magro/doente
-Tarecos - utensílios velhos
-Topada - bater com os dedos do pé
-Trampa - excremento
-Trigamilho - pão de trigo com milho
-Todo enchado - vaidoso
-Troca Tintas - trapalhão
-Trambolho - empecilho/ estrova/idivíduo mal feito
-Troncamaronca - à toa
-Trepesso - banco de cortiça
-Verças - folhas de couve
-Veneta -ideia
-Vai na mexa - vai depressa
-Velháco - malandreco/ ruim
-Ventaneira - vento forte
-Vai bugiar - vai passear
-Vem aí uma auguada - vem aí uma chuvada
-Xi Coração - abraço forte


ESTAS DEIXO PARA VER QUEM SABE O SIGNIFICADO
Loisão,  fincão,  gradizela, folhada, crostos, folhelho, coiço, casulo (cazulo), chisquito,  chibo, talhadoiro,  almofariz, avoiz,

segunda-feira, 28 de março de 2011

HISTÓRIA DA CAPELA DE FRÁDIGAS E SEUS BENEMÉRITOS

 

CAPELA DE FRÁDIGAS E SEUS BENEMÉRITOS


A capela de Frádigas
Tanto se tem escrito sobre ela e sua construção que data de 1938
quando um casal; Joaquim Martins e sua mulher Ritta Freire ofereceram o terreno e todo o terreiro involvente para ali se poder venerar Nossa Senhora da Boa Sorte

Nunca é de mais agradecer a estes Benfeitores que se desprenderam de uma parte de sua herança da Quinta das Fradegas em tempos em que qualquer pedaço de terra tinha muito valor fosse ela de cultivo ou de mato pois; a falta deste obrigava os Fradiguenses a subirem diáriamente aqueles montes para trazerem um mólho.

Será caso para deixar aqui uma pequena questão :
Não seria caso para se prestar uma pequena Homenagem aqui em Frádigas a estes Beneméritos?

Se fossem da sede da Freguesia de certo que já teriam sido homenagiados, basta chegar a Vide e deparamo-nos com homenagens "reconhecimento" a pessoas que menos fizeram pela freguesia de Vide
Não estou a tirar o mérito a ninguém que foi homenagiado em Vide,estou sim a fazer simples comparações entre benfeitorias em pról da comunidade, no caso a de Freguesia de Vide

Julgo que é a junta de Freguesia; por vezes em conjunto com a comunidade civil que resolve retribuir o mérito de certos Videnses; no caso trata-se de Fradiguenses ou melhor uma Fradeguense e um Barriosense

Sim uma Fradeguense pois Ritta Freire nasceu na Quinta das Fradegas
Um Barriosense pois Joaquim Martins nasceu na Barriosa

Joaquim Martins Faleceu na década de 1950, sua esposa Ritta Freire faleceu na de 40

CjM, Neto de Joaquim Martins e Ritta Freire

História da Capela de Frádigas

Sabia que a Capela de Frádigas foi construída, em 1938, pela quantia de 4.175$40 e que a sua inauguração foi efectuada no dia 06 de Outubro desse mesmo ano.

O “Termo de Abertura” foi escrito pelo Sr. Padre António Manuel Cabral Lages e pedida Licença de Construção pelo Sr. Padre Cândido Abranches Nobre (então Pároco da Freguesia de Vide), que em 15 de Janeiro de 1938 fez também o Requerimento da Construção da Capela ao Sr. Bispo a Diocese da Guarda. Este Requerimento teve despacho 4 dias depois, 19 de Janeiro de 1938 (nesse tempo, felizmente, a palavra burocracia ainda não existia nos nossos dicionários, existia sim, a distância que separava Frádigas de Vide (+/- 7 km de terra empoeirada, percorridos a pé, sabe-se lá se calçado ou descalço).

Os trabalhos foram dirigidos pelo Sr. Padre António Manuel Cabral Lages, de Loriga, que incumbido pelo Sr. Padre Cândido Abranches escolheu o Local e acompanhou os trabalhos de construção da Capela. O Local e respectivo recinto escolhido, então chamado de Serro da Obra foi oferecido pelo fradiguense Sr. Joaquim Martins, a quem o Sr. Padre Lages muito agradeceu.

O Sr. Padre Lages também teceu grandes elogios de coragem a um povo, com apenas 18 fogos, mas que foi capaz de levar em frente uma obra daquela natureza, gente com garra e vontade de trabalhar. Devemos lembrar que desse pequeno povo, vieram as gerações seguintes, que ainda hoje lhes seguem as pegadas, sem desanimar, mesmo quando a Identidades Competentes não reconhecem o seu trabalho e lhes negam apoio, apoio esse muitas vezes essencial para que se consiga fazer algo pela nossa terra (a tal burocracia!!!! e não só).

Para que conste, a construção da Capela foi paga pelos moradores de Frádigas, pelos Fradiguenses que andavam a ganhar a sua vida na Argentina e por subscrições feitas, pelos amigos, nas terras em redor:

Subscrição em Frádigas - 1.202$50

Subscrição vinda da Argentina - 1.240$00 (217 pesos)

Subscrição nas terras em redor - 752$45

Que se recordem também as seguintes datas:

- 02 de Fevereiro 1938, começaram os trabalhos de construção;

- 11 de Fevereiro 1938 foi concluída de paredes;

- 26 de Fevereiro 1938 foi concluído o telhado;

- 06 de Março 1938 foram concluídos os trabalhos de caixilharia, portas, outros trabalhos de carpintaria e acabamento de paredes;

- 22 de Agosto de 1938 é levada a imagem da Nossa Senhora da Boa Sorte para Loriga;

- 24 de Setembro de 1938, o altar da Nª Senhora ficou pronto (custou 800$00).



Desconhece-se como foi escolhida a Nª Senhora da Boa Sorte para Padroeira da nossa Aldeia, sabe-se apenas o que já foi descrito atrás (que a sua imagem chegou a Loriga no dia 22 de Agosto de 1938 e foi levada para Frádigas quando o altar ficou pronto).



Em 09 de Outubro de 1938 foi feita uma Festa de Inauguração da Capela, onde

estiveram o pároco da freguesia de Vide e outros das freguesias vizinhas, que solenemente benzeram a Nª Senhora da Boa Sorte e celebraram missa, acompanhados pela Filarmónica de Loriga (que muito gentilmente cedeu a sua prestação gratuitamente). Foram Mordomos desta Festa os conterrâneos José Manuel Pereira e José Gonçalves.



A Festa de Inauguração rendeu 825$00, perfazendo uma receita total de 3.180$05. Dado que a despesa total da construção da capela foi de 4.175$40, houve um resultado negativo de 195$035, que mais uma vez foi subscrito por alguns Fradiguenses.



Estas verbas eram muito elevadas, para as dificuldades de então e para quem apenas dependia dos trabalhos na agricultura de subsistência (não havia reformas, nem pensões ou subsídios). Um homem ganhava por jorna (por dia de sol a sol) 4$00, mas a força, determinação e persistência dos Fradiguenses fez com que a obra fosse uma realidade.



Como atrás se disse a Capela foi inaugurada em 06 de Outubro de 1938 (curiosamente 9 meses depois do Termo de Abertura). Para o ano que vem (2008) faz 70 anos. Julgo que está “mais do que na altura” para que o Sr. Presidente da Câmara de Seia, que desde 2000 anda a prometer os paralelos necessários para empedrar o recinto da Capela o faça quanto antes, para que este fique em condições adequadas para os fradiguenses, se quiserem, poderem fazer uma Festa Comemorativa dos 70 anos de existência da Capela em Frádigas, com “pompa e circunstância”

31 de Janeiro de 2007

Elisabete Gonçalves

segunda-feira, 21 de março de 2011

O ENSINO EM FRÁDIGAS


 O ENSINO PARTICULAR DA FONTANHEIRA E PAVÃO

Foi na Fontanheira que existiu a primeira escola de Frádigas

Ou melhor funcionava de Inverno na Fontanheira , com os alunos de Frádigas, Cova, Giesteira, Fontão e todo o seu Ribeiro.

De Verão o Professor Turcato "marido da ti Ana Margarida" ia habitar no Pavão para cuidar aí as suas terras e ao mesmo tempo aproveitava para dar aulas aos alunos do Aguincho, Malhadinha e Teixeira.

Não se sabe ao certo o número de alunos na Fontanheira, mas no Pavão chegaram a andar na escola 32 alunos

O Professor Turcato aprendeu com os Jesuítas, julgo ter sido discípulo do Jesuíta Galvão que veio habitar a Malhadinha no tempo do nosso antepassado Costas Largas "deste Jesuíta Galvão resta um pequeno Missal parte do mesmo com matemática" e talvez uma família que o desconhece "como antigo jesuíta"

Este missal foi dado ao ti António do Pavão, julgo que por uma neta do antigo Jesuíta como forma de pagamento pelo arranjo de uma palheira talvez há mais de 80 anos lá na Malhadinha. O Filho do ti António do Pavão hoje com perto de 90 anos "último homem a nascer no Pavão" guarda esse Missal religiosamente

A escola era paga em géneros, sabe-se que se dava uma ovelha para a primeira parte dos estudos "aprender contas e saber assinar" este curso era o mais frequente,

dava-se uma segunda ovelha ou equivalente para aprender a ler e a escrever

 DEPOIS DE ACABADO O ENSINO PARTICULAR DA FONTANHEIRA 
                                             

                                          O ENSINO OFICIAL


Os alunos de Frádigas tinham a escola só na Barriosa e eram obrigados a percorrer 6km (ida e volta)  diários a pé ,  em condições no mínimo perigosas,  atravessavam o rio ( Um dos alunos filho da tia Maria José Martins do Outeiro caiu  na broca da Barriosa  e morreu ,  apesar de  procurado por mergulhadores , as buscas foram em vão (só veio á tona da àgua  passados 12 dias.)

 O Posto escolar misto das Frádigas foi criado em 1957/58.(disponibilizada uma professora)
A escola (salão) foi construida pelos Fradiguenses

Foi necessário um espaço para aí se construir a primeira escola digamos oficial.

Lembro-me de ver em casa de meus pais uma carta enviada da Argentina por minha tia materna Maria da Nactividade Martins onde declarava doar o terreno (lote) para contruirem a escola nessa propriedade onde veio a ser contruida digamos o 1º Posto escolar oficial de Frádigas (foi  no lugar onde hoje é o salão no Outeiro).
Devo  acrescentar que na altura os Fradiguenses souberam ver o futuro
Não fazendo a escola (salão) no terreno existente (largo da capela) anteriormente ofertado pelo pelos meus avós, os país desta minha tia.

Como os bons Fradiguenses não gostam de perder as oportunidades, e antes que os Sr.es da Direção escolar de Seia mudassem de ideia em relação ao envio de um professor
Logo o TiCândido António dos Santos e sua mulher Hermía disponibilizaram sua casa em construção da qual tiveram de retirar umas divisórias já feitas para que todo o espaço ficasse amplo para poder receber professora e alunos até que se concluissem as obras da escola (salão) no Outeiro.

                                        A ESCOLA OFICIAL A SÉRIO
 Em 1962 foi construida a escola pelo Ministério da Educação,(esta com terreno "lote" já negociado pela Delegação do Ministério da Educação ) escola essa hoje ao abandono "por falta de alunos" como tantas no País.

Antes do seu encerramento de vez, teve várias ameaças de fecho pelo mesmo motivo... falta de alunos.

Recordo e julgo ter sido no ano de 1964 que três casais Fradiguenses resolvem matricular seus filhos em Frádigas para assim se completar o numero suficiente de alunos para se manter a escola em funcionamento.

Estes três alunos vaem para Frádigas e ficam encarregues aos seus mais proximos ,avós e tios.

António Neves Ti Caramelo e sua mulher (hoje já falecida), mandam para Frádigas seu filho António.
 António Garrilha e mulher (ambos hoje já falecidos) mandam para Frádigas seu filho Carlos
Maria da Conceição Martins e seu marido ( hoje já falecido) mandam para Frádigas seu filho António


Apelo aos organismos publicos;  Liga dos Amigos de Frádigas, Junta de Freguesia e Camara Municipal de Seia, para que saibam reconhecer o mérito destes e de outros que muito de seu deram em plol da comunidade

Eu deixo aqui o meu bem haja de agradecimento e minha vontade de contribuir para o seu reconhecimento

domingo, 20 de março de 2011

PRIMAVERA


Gosto de mais da Primavera 
embora não sinta por ela
o mesmo que por ti ...não desminto
Mas é mesmo na Primavera
que corre água na minha janela
...lágrimas do amor que por ti Frádigas sinto

Ótimo ínicio de Primavera a todos/as, Santo e feliz Domingo

20/03/2011

BARRIOSA-VIDE-SEIA


Barriosa


Tem o poço da broca
a Rasa e muito pinheiro
tem cantinhos escondidos
 Fôjo, Horta e Polvreiro

Muitos homens viu nascer
deixando-os bem na memória
da honra destes seus homens
faz parte a sua história

Num outeirinho lá está
esta aldeia encantada
muita gente viu partir
mas não está abandonada

Com o rio Alvôco a seus pés
correndo entre salgueiros
cantando de pedra em pedra
versos de cancioneiros

Tem a sua capelinha
com seu Santo Padroeiro
a olhar pelos seus filhos
em Portugal e no Estrangeiro

O Santo que foi escolhido
para o povo venerar
Santo António de Lisboa
para todos acompanhar

Santo António lá está
nesta terrinha formosa
a aldeia de meu avô
a airosa BARRIOSA

CjM
Frádigas,14/08/2009

Fontão - Loriga - Seia

Fontão - Loriga - Seia




Fontão, quase abandonado
Aldeia muito acolhedora
Pertence à freguesia de Loriga
Esta terra de gente trabalhadora

Aqui nasceu meu bisavô
na encosta do ribeiro
foi morar na fontanheira
tendo casado lá primeiro


Nossa Senhora da Ajuda
lá no alto do Fontão
olha por todos os filhos
desta aldeia e da Nação


Fontão, quase abandonado
Aldeia muito acolhedora
Pertence à freguesia de Loriga
Esta terra de gente trabalhadora

Aqui nasceu meu bisavô
na encosta do ribeiro
foi morar na fontanheira
tendo casado lá primeiro


Nossa Senhora da Ajuda
lá no alto do Fontão
olha por todos os filhos
desta aldeia e da Nação

Frádigas CjM

BALOCAS-VIDE-SEIA,


Unida pelos dois povos,
cada um com suas façanhas,
linda aldeia de Balocas.
Vivendo no teu sossego,
homens (outrora) mestres no emprego,
de assentar pedras e lascas.

Homens de honra tu tiveste
no tempo por mim passado
Hoje não sei se assim é
há muito não te visito
espero não tenhas mudado

20/03/2011
Frádigas CjM

sábado, 19 de março de 2011

GERAÇÃO À RASCA


(GERAÇÃO À RASCA) 

Muitos pais fizeram das tripas coração, outros deslumbrados com a sua melhor condição de vida deram  aos seus meninos tudo começando na liberdade sem responsabilidade, a maioria desses pais começaram a trabalhar ainda em crianças, conquistaram a sua liberdade com o seu trabalho. Aos seus filhos deram carta de condução, carro, deposito cheio para as noitadas, dinheiro, roupas de marca etc~etc

Podemos dizer que nunca existiu uma geração como esta, privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca se exigiu tão pouco aos seus jovens como a esta (agora à rasca)

Estaria tudo bém se não viesse a crise, aí os ordenados começam a falhar, vem o desemprego e enfim é o que se vê , a galinha dos ovos doiro deixou de os pôr


Os pais à rasca não vão ao teatro, cinema, concertos, restaurantes etc. etc., mas os seus meninos ainda continuam a encher discotecas, coliseus, pavilhões atlantico e a fazer as festinhas de aniversário com os amiguinhos em restaurantes (onde nem os pais podem festejar com os seus rebentos)

Os filhos não abdicam de nada (não foram abituados abdicar)
Os pais contam os trocos para os recibos da água e luz , os filhos dão-lhes mais a conta da internet   (por onde andam mas pouco aprendem) e do telemóvel


Os pais à rasca (antes contentes com os possiveis cursos de seus filhos ) veem agora que o NÃO aos seus rebentos lhes fez falta.
Veem que seus rebentos adquiriram vícios pelo consumismo, pelo supérfluo e são insaciáveis

Hoje podemos dizer que temos uma geração de  doutores, engenheiros, etc.etc.
Mas será que podemos dizer que estão preparados?!!! Jovens que mal falam ou pouco nos dizem, uma geração que teve acesso à  informação sem que isso signifique
que é informada.
Não há regra sem exceção existem sim umas duzias de bem formados (preparados)

Temos agora uma geração que se apercebeu que não manda no mundo, talvez agora queira ditar regras à sociedade como as ditou em casa dos pais e as  foi
ditando na escola, por vezes sem maneiras



Há duas Gerações à rasca;

Sim a geração dos pais que sofrerem, mas educaram os seus meninos
dando-lhes tudo e escondendo-lhes a verdade da vida

Os filhos que nunca foram ensinados a receber um não e a lidar com frustrações.
A ironia é os meninos que se dizem "e estão" à rasca são os que mais tiveram.

Temos agora uma geração de pais frustrados (à rasca)
Com filhos qualificados , mal abituados (à rasca)

Isto é simplesmente o meu pensamento

Ótimo ínicio de Primavera para todos/as 

Frádigas CjM


MORCELA DE FRÁDIGAS COZIDA COM GRELOS

Uma refeição simples


Uma morcela, grelos de nabo e de couve galega. Os de nabo são sempre mais amargos que os de couve, ou seja amarujam um pouco

Resolvi lembrar uma receita de Frádigas em que os grelos teem o devido protagonismo. Decidi  cozer uma morcela "por não ter um morcilho"de Frádigas e acompanhar com grelos cozidos.
Os grelos  e morcela são simplesmente cozidos em água temperada com pouco sal.

Poderia também cozer dois ovos e duas batatas , liga muito bém e era assim que se fazia em Frádigas



Sirva os grelos temperados com um bom fio de azeite com a morcela cortada às rodelas ou corte ao meio para dois

Muito bom apetite

DIA DO PAI

DIA DO PAI

por Cândido José Turing Martins a Sábado, 19 de Março de 2011 às 11:08
Comemoração
Em Portugal, é hoje dia de São José que também se comemora o dia do pai.
Em Frádigas até finais da década de 1960, este dia era  DIA SANTO DE GUARDA
Ou seja dia obrigatório de descanço, os Josés festejavam abrindo  as suas adegas aos parceiros e não só



Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho.
No Brasil, é comemorado no segundo domingo de Agosto.
Outros Países celebram o dia do pai noutros dias



Eu infelizmente já não tenho o meu
Embora meu pai tivesse vivido até perto dos 99 anos
mas a partida, a falta é sempre dolorosa.


Sei que meu pai viveu feliz e isso me tranquiliza
Hoje desejei homenagia-lo perante todos vós;
Como pai que foi, como exemplo de marido, como homem
Meu pai foi durante a sua vida terrena um homem umilde mas com grande dignidade
Agradeço-lhe do fundo do meu ser o ensinamento que me deu com seus exemplos no dia a dia
Sinto-me feliz com sua presença em mim meu pai
Bem haja

A todos os pais deixo os meus parabens
A todos os filhos um conselho; amem, estimem e sobre tudo respeitem os vossos pais

Há um ditado  que diz;
Filho és, pai serás, conforme fizeres, assim acharás

Feliz dia do pai para todos/as

quinta-feira, 17 de março de 2011

Miscaros á moda das Frádigas.

 Miscaros à moda das Frádigas.

Depois  de analizar bem se os miscaros são comestiveis, limpos e bem lavados


Deita-se numa frigideira um pouco de  azeite, duas ou três cebolas cortadas em meia lua,
dois dentes de alhos esmagados duas folhas de louro e um pouco de  sal,

Deixe alourar ou para não fazer tanto mal junte os miscaros  os maiores cortados à mão "espedaçados"e é so deixar apurar

Pode acompanhar este refugado com batata cozida e grelos de couve ou nabia."receita antiga"

Pode como petisco acompanhar este refugado só com broa, "receita para o copo"

Pode tambem acompanhar este refugado com massas "receita jovem"

Pode também juntar a este refugado um pouco de agua e de arroz "arroz de miscaros à antiga"

Ou pode simplesmente acompanhar este refugado com arroz branco



Sopa de miscaros antiga

Numa panela com  agua a ferver  deitar um pouco de sal ,os miscaros bem limpos cortados em quatro , batata cortada aos cubos, uma cebola picada e cotovelinhos ,deixar cozer tudo até a batata ficar quase a desfazer dois minutos antes de apagar o lume deite azeite do bom e em abundância


Atenção:
Já houve intoxicações em Frádigas com miscaros

MEUS PAIS

Meus pais,viveram  sua vida humilde, mas  com muita e grande dignidade
Estão pedindo a Deus pela família
OLHANDO POR TODOS CLARO


Minha mãe, Maria da Anunciação Martins, era a neta mais nova de Costas Largas da Quinta das Fradegas e também a ultima a falecer

Nasceu no Outeiro- Frádigas no dia 13/01/1913
Faleceu em Seia no dia 15/12/1997

Sua mãe, Ritta Freire, era a filha mais nova de Costas Largas
Seu pai, Joaquim Martins, nasceu na Barriosa , habitaram e doaram em 1938 parte do Outeiro para a construção da Capela em Honra de Nª SRª da Boa Sorte
"actual capela e recinto"



Meu pai, José Manuel Junior ,   foi o homem que mais tempo habitou Frádigas

Nasceu no Barroco- Frádigas no dia 06/06/1908
Faleceu em Seia no dia 25/04/2007


Sua mãe, Maria da Natividade, era a neta mais velha de Costas Largas da Quinta das Fradegas
Seu pai, José Manuel Pereira, nasceu na Fontanheira, comprou o Barroco onde habitaram, doaram  na primeira metade do Sec.XX  o forte, para aí ser feito o fontanário publico e tanque para lavar roupa " Forte; hoje largo da fonte"


Nota
O lema  dos Fradeguenses já partidos foi; Deus, Família  e Patria "comunidade" ( hoje acrescentatou-se um A "ADEUS FAMILIA E PATRIA")

FONTANHEIRA = FRONTEIRA

Fontanheira = Fronteira

Dividia as freguesias em tempos concelhos de Vide e Loriga, hoje são “Coiços do Moinho” que faz a divisão das actuais freguesias.

FONTANHEIRA sítio da Freguesia de Loriga, foi quase uma aldeia entre 1880 1935 só que Loriga nunca a aporfilhou como tal, daí que se tenha mantido sempre como um sítio da aldeia do Fontão e a partir de 1940 um sítio da aldeia de Frádigas.

Fontanheira durante cerca de 50 anos foi o centro de convivência de Frádigas. Até 1937/8 ou seja até ser construída a capela de Frádigas era aí que se realizavam os grandes bailaricos e também era na Fontanheira que funcionava a mercearia que abastecia não só a quinta das Frádegas como o Pavão, Outeiro da Cova, Giesteira e todo o Ribeiro do Fontão.

Nos seus tempos áureos a Fontanheira terá tido mais de 50 habitantes.

Foi também na Fontanheira que existiu a primeira escola de Frádigas

Ou melhor funcionava de Inverno na Fontanheira , com os alunos de Frádigas, Cova, Giesteira, Fontão e todo o seu Ribeiro.

De Verão o Professor Turcato "marido da ti Ana Margarida" ia habitar no Pavão para cuidar aí as suas terras e ao mesmo tempo aproveitava para dar aulas aos alunos do Aguincho, Malhadinha e Teixeira.

Não se sabe ao certo o número de alunos na Fontanheira, mas no Pavão chegaram a andar na escola 32 alunos

O Professor Turcato aprendeu com os Jesuítas, julgo ter sido discípulo do Jesuíta Galvão que veio habitar a Malhadinha no tempo do nosso antepassado Costas Largas "deste Jesuíta Galvão resta um pequeno Missal parte do mesmo com matemática" e talvez uma família que o desconhece "como antigo jesuíta"

Este missal foi dado ao ti António do Pavão, julgo que por uma neta do antigo Jesuíta como forma de pagamento pelo arranjo de uma palheira talvez há mais de 80 anos lá na Malhadinha. O Filho do ti António do Pavão hoje com perto de 90 anos "último homem a nascer no Pavão" guarda esse Missal religiosamente

A escola era paga em géneros, sabe-se que se dava uma ovelha para a primeira parte dos estudos "aprender contas e saber assinar" este curso era o mais frequente,



dava-se uma segunda ovelha ou equivalente para aprender a ler e a escrever

Devo acrescentar que Costas Largas "O ANTEPASSADO DA QUINTA DAS FRADEGAS" sabia ler e escrever no tempo em que só 10 a 15 por cento da população Portuguesa o sabia

 

quarta-feira, 16 de março de 2011

1º GUERRA MUNDIAL, DE FRÁDIGAS PARTIRAM TRÊS PRIMOS DIREITOS ENTRE SI


A Primeira Guerra Mundial  foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.

CRONOLOGIA DA PARTICIPAÇÃO DE FRÁDIGAS NA
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.

A DEFESA DAS COLÓNIAS DE ÁFRICA, DE 1914 A 1920

Forças expedicionárias a caminho de África, "Angola" 11 de Setembro de 1914

Nesta expedição iria ANTÓNIO MARTINS  um dos três primos Fradiguenses

1 de Outubro 1914
    As forças expedicionárias do comando de Alves Roçadas desembarcam em Moçamedes, no Sul de Angola. A força era composta de 1 batalhão de infantaria, 1 pelotão de metralhadoras, 1 bateria de artilharia e 1 esquadrão de cavalaria.


Junho de 1915
O governo português pretende que se reocupe Quionga em Moçambique, ocupada pelos alemães em 1894, e se invadisse o território da África Oriental Alemã

Nesta reocupação  a Quionga estaria JOSÉ JOÃO  um dos três primos que também andou nas campanhas de França



Em Março de 1916, apesar das tentativas da Inglaterra para que Portugal não se envolvesse no conflito, o antigo aliado português decidiu pedir ao Estado português o apresamento de todos os navios germânicos na costa lusitana.
Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal pela Alemanha, a 09/03/1916 (apesar dos combates em África desde 1914).

O terceiro Primo, JOSÉ DAS NEVES, desde o início sempre se manteve em França embora tivesse passado por Flandres "Norte da Bélgica"

Ainda recordo uma das suas histórias
Certo dia depois de um confronto onde os aliados sofreram grandes baixas...
Dizia o TZÉ DAS NEVES:
-Eu e um outro soldado fugindo trepamos para uma laranjeira onde só viamos os nossos mortos e o inimigo roubando aquilo que alguns tinham... olha rapaz dizia-me ele ; eu estava sentado em cima de um espinho daqueles da laranjeira, o sangue escorria mas olha que eu não me mexia , a minha aflição era que dessem conta de nós pelo sangue que se escapava  para o chão.


Felizmente estes três primos regressaram sãos e salvos a Frádigas

Todos eles nascidos em 1893
 José das Neves, Nas Barreiras -Frádigas, na actual casa de Serafim Martinho e Ivone
António Martins, No Outeiro -Frádigas, na actual casa da Cristina "casa do forno do Outeiro"
José João, Na Quinta Nova - Frádigas, na actual casa de Rui Freire e irmãos "casa da mercearia e taberna"



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sexta-feira, 11 de março de 2011

Assunto: DESERTIFICAÇÃO DE FRÁDIGAS

Assunto: DESERTIFICAÇÃO DE FRÁDIGAS

 

Na página da LAF

Diz a página inicial:
-Frádigas atravessa na actualidade o problema de todo o interior: a desertificação. A falta de meios de subsistência obrigou a maioria a partir para outras paragens. Nos anos 30 foi a migração para a Argentina e Brasil e mais tarde nos anos 60 para a Europa e a maioria para a zona da grande Lisboa, onde na actualidade se encontra radicada uma grande comunidade, muitos deles empresários na área da restauração.



Assunto: DESERTIFICAÇÃO DE FRÁDIGAS

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É certo que Frádigas sofreu ao longo dos tempos desse grave problema ; a desertificação a primeira para o Brasil não em 1930 mas ainda nos finais do séc.XIX sairam de Frádigas,,, Cova, Fontanheira e de todo o Ribeiro do Fontão dezenas de homens , de alguns nada se sabe, outros acabaram por fazer lá o seu reagrupamento familiar, pais que levam filhos, filhos que já levam netos "isto sim nos anos 20"
A primeira migração do Brasil começa por regressar à Cova e Fontanheira alguns só de férias ainda por volta de 1902/03
A partir de 1930 os Fradiguenses residentes no Brasil eram poucos e os poucos que eram por lá ficaram ,,,Assim como a partir de 1945 os que continuaram na Argentina também por lá ficaram

Tenho visto que o numero dos visitantes a este sítio é bastante grande
Embora seja gente de poucas palavras pelo que se vê

Fradigas CjM

quinta-feira, 10 de março de 2011

Carnaval em Frádigas


Quando eu era criança o Carnaval em Frádigas era diferente
Até o nome o era, chamava-se de Entrudo

Nas Frádigas o dia de Entrudo era um dia de brincadeira, um dia de ultrapassar certas barreiras, um dia também ele de convivio familiar,

Era nesta quadra que as comadres e compadres, irmãos e cunhados etc, se reunião para comer o para mim melhor do tradicional fomeiro Fradiguense "o bucho"

Havia também os mascararados normalmente Vindos do Aguincho e Vasco Esteves que se juntavam aos de Frádigas e nos animavam com o atrevimento de suas brincadeiras

O ponto alto do Carnaval era o enterro do Entrudo e o bailarico que teria de acabar antes das 24 horas, sim porque a partir das 24 entrava-mos na quaresma
e durante a quaresma  não se podia dançar ou cantar

quarta-feira, 9 de março de 2011

Juventude e Quaresma em Frádigas

Até ao fim da década de 1960 em Frádigas
Na Quaresma não se dançava , não se cantava, nem sequer se ouvia musica, daí a juventude recorrer a outras brincadeiras para passar o Domingo.
O jogo da pucarinha ou do cantaro, "em que o tramado era o dono/a do cantaro" sim porque normalmente ficava sem ele.
A BRINCADEIRA COMEÇAVA COM UMA GRANDE FILA DE JOVENS
Era sempre o da frente a mandar o cantaro para o seguinte da fila "isto de costas para ele" e logo correndo para traz da fila e assim se davam várias voltas ao povo até que o cantaro caísse no chão esmigalhado, se se arranja-se outro cantaro a brincadeira continuava por vezes até partia a cabeça a um mais distraido. Havia também o jogo do grilo também em fila dando também várias voltas ao povo, o jogo das prendas "prendinhas" e tantos outros .
Hoje Quarta feira de cinzas começa a Quaresma tempo de sairmos do nosso comodismo e ofereçer aquilo que nos sobra "e não só sobra" aos mais carentes, carentes de companhia,de atenção, de afecto e de ajuda.

domingo, 6 de março de 2011

Matança do porco em Frádigas CARNAVAL

 Eu por motivos de dieta este ano tive de fazer abstinencia
Com muita pena minha claro


O já sacrificado
Chegou a Frádigas no sábado pela madrugada


O povo ainda meio adormecido espreitou pelas vidraças ainda  embaciadas
aí vai ele e olha que é bem grande...este ano não vamos passar fome

 outro; mas tão grande para quê...isto é uma estragação

Por volta das 12 horas as grelhas já estavam com o braseol pronto a receber aqueles pedaços do sacrificado
Dizia um ; o lume ainda ainda está muito forte
Dizia  outro; agora é que está bom
Apareceu outro que disse; então  ainda não puseram o sacrificado assar estão a ver que o braseol está apagar

ÀS 13HORAS O SINO DEU AS BADALADAS
OS CONVIVAS FURAM POR ALI E ALÉM E FINALMENTE ESTÃO SENTADOS À MESA

Comentavam uns que o sacrificado era muito gordo, diziam outros que era magrito

Diziam uns que as alfaces da salada eram da vinha , outros diziam ser do olival
perguntava  outro; será que o vinho e o azeite são do alfaçal


O enviado  comentador diz  a partir daqui não se lembrar de mais nada ... lembra-se sim de ouvir dizer que o vinho era bom e ele ter confirmado com uma forte vénia "abanão de cabeça"

sábado, 5 de março de 2011

É assim o sentimento do amor


União ou fortaleza
muralhas impenetráveis
Junção de almas carentes
corações inseparáveis
Cordas que tocam em timbre
em armónia sintonia
Como o som de belas vozes
saídas da telefonia
Anjos que voam com trombetas
entuando canticos de alegria
Ouvindo sons gloriosos
é o amor no dia a dia


Há paz entre os que se amam
Há confiança não há dor
Há esperança em quem ama
É assim o sentimento do amor

terça-feira, 1 de março de 2011

HOMENS COM H


Falando dos antigos  Homens descendentes da Quinta das Fradegas, é falar de homens honrados, é falar de homens honestos, com coerência de valores, enfim Homens justos .
Quem os conheceu ainda na década de 1960 sabe do que falo
Muitos desses homens percorreram as Américas, Europa e até Africa
Partilharam suas experiências nunca com o valorismo que muitos deles sei que tiveram, mas com a umildade de que sempre foram possuidores
Sua honra era sua maior riqueza, sua honestidade era provada no dia a dia
poderia haver ouro caído no chão "perdido" para esses homens tinha dono
A palavra dada era mais do que uma declaração assinada nos dias de hoje
Estou a falar claro dos antigos  Homens descendentes da Quinta das Fradegas e outros que se lhe juntaram pelo casamento

PARABÉNS

Como outras terras no País; Frádigas também não conseguio dar subsescistência a todos os seus filhos, tendo alguns deles óptado pela Emigração ainda no final do séc.xix até 1928 para o Brasil até 1940 para a Argentina a partir daí para Lisboa para onde se deslocavam inicialmente homens já casados que deixavam suas mulheres e filhos em Frádigas, na sua grande maioria estes homens fizeram pequenas campanhas na Capital os que ficaram acabaram por mais tarde fazer deslocar também para a Capital suas mulheres e filhos. A partir da década de 1950 outro tipo de deslocação se dá para a Caoital esta a mais importante e também a mais agressiva não só pelo número que abrangeu; mas também pela fragilidade destes deslocados que abandonando a aldeia que os viu nascer e o calor da família a grande maioria ao terminar a 4ª classe começaram em Lisboa uma vida totalmente imaginável para eles, alguns apoiados por irmãos mais velhos que lhe davam como incentivo a melhoria de vida que puderiam proporcionar aos seus pais e irmãos mais novos lá em Frádigas. Estes miúdos que não tiveram tempo de o ser ou como diz Soeiro Pereira Gomes na dedicatória de "Os Esteiros", "Filhos dos homens que nunca foram meninos", mas trabalharam com garra lutaram com determinação e grande maioria conseguiu vencer a indiferença, a desigualdade, a saudade e com a dignidade que traziam nas suas entranhas conseguiram uma vida melhor quer para eles quer para os seus. As Frádigas pode ter orgulho nestes seus filhos que a abandonaram como uma malita ao ombro a caminho da capital, mas estas crianças que não tiveram a oportunidade de estudar já deram a Frádigas doutores, engenheiros, enfermeiros, contabilistas, compositores, desenhadores, advogados, músicos etc, etc... Este ano são pelo menos mais duas as finalistas, com a benção das fitas a 16/05/2009. Parabéns á Srª Enfermeira e á Srª Engenheira Química e a todos os outros já formados e não só. QUE SEJAM SEMPRE FELIZES
Data: 13/5/2009

CANTINHO DE FRÁDIGAS



Quando na vida não temos

paixão por coisa alguma

é sinal que nossa mente

quase quase nos desmente

mas não vê coisa nenhuma

Há na vida muita coisa

entre elas a paixão

mexe conosco por dentro

quase quase como lamento

pega fogo ao coração

Tudo na vida queremos

esperamos conseguir

é bom ambicionar

ter gosto, saber conquistar

sem outras almas ferir

Frádigas 08/12/2010

BARRIOSA

Barriosa

Tem o poço da broca
a ráza e muito pinheiro
tem cantinhos escondidos
o fôjo, horta e polvreiro

muitos homens viu nascer
deixando-os bém na memória
da honra destes seus homens
faz parte a sua história

num outeirinho lá está
esta aldeia encantada
muita gente viu partir
mas não está abandonada

com o rio Alvôco a seus pés
correndo entre salgueiros
cantando de pedra em pedra
versos de cancioneiros

tem a sua capelinha
com seu Santo Padroeiro
a olhar pelos seus filhos
em Portugal e no estrangeiro

o Santo que foi escolhido
para o povo venerar
Santo António de Lisboa
para todos acompanhar

Santo António lá está
nesta terrinha formosa
a aldeia de meu avô
a airosa BARRIOSA

CjM
Frádigas,14/08/2009

FRÁDIGAS ESPELHO DO PAÌS

FRÁDIGAS ESPELHO DO PAÍS

Frádigas fica entre montes
bém escondida num vale
é uma das terras mais lindas
deste nosso Portugal

bonita aldeia de Frádigas
a seus pés o rio Alvôco
uma terra pequenina
com grande alma o seu povo

terra muito acolhedora
terra muito ordenáda
aldeia que foi uma quinta
ésta minha terra amada

lá nasci eu e meus pais
e também os meus avós
temos lá a Padroeira
que proteje todos nós

Srª da Boa Sorte
que lá está no Outeiro
olhando por todos nós
em Portugal e no Estrangeiro

tem capelinha pequena
com adros todos cercados
com pedrinhas lá da terra
lembrança dos antepassados

tem moinhos junto ao rio
onde se muia o grão
de onde vinha a farinha
para depois fazer o pão

tem forno comunitário
feito pelos antepassados
que sendo pessoas simples
eram homens muito honrados

tem uma pequenina escola
há anos abandonada
é o símbulo do saber
duma gente despresada

esta pequena aldeia
em tempos produzio pão
para alimentar seus filhos
na altura duzentos então

hoje aquilo que produz
quase não chega para nada
a Nação assim o quiz
é uma terra abandonada

Frádigas deve a seu povo
a estrada que lá tem
e outros melhoramentos
ao povo deve também

o poder lá pouco fez
como em todo o País
Frádigas é o exemplo
doutras terras por aí

não criando condições
fica tudo ao abandono
se não se tomam dessizões
nem o País tem retorno

desculpem eu falar disto
mas custame deixar ir
o País às cambalhotas
sem lhe poder acudir

amo ambas por igual
fazem parte do País
Português é minha língua
Frádigas minha raíz

a minha aldeia de Frádigas
que na Serrinha lá está
sempre de braços abertos
à espera de quem lá vá

CjM
Frádigas 16/09/09

VIDE

Vide

Vide minha freguesia
seu nome vem da videira
tem Nossa Senhora da Assunção
como sua Padroeira

nas margens da ribeira de Alvôco
fica esta aldeia formosa
tem gente que eu estimo
gente muito calorosa

tem um lagar bém antigo
que há-de ser um Museu
para que os Videnses no futuro
saibam como o povo viveu

tem lá no alto o Calvário
tem cá em baixo a Igreija
onde os peregrinos dos povos
vaêm rezar à Padroeira

esta terra bém antiga
em tempos teve rebanhos
e era da lã e do leite
que os Videnses tinham os ganhos

era mesmo na canada
no tempo da trasomância
que passavam os rebanhos
para o pasto em abundância

e rebanhos vinham de longe
para na serra entrar
pagavam 50 reis por ovelha
mas Loriga é que ficava a ganhar

Antes teve um Capitão Mór
que era o Senhor Vinhais
numa quinta com jardins
fazia os seus arraiais

nasceu gente importante
nesta minha Freguesia
padres,ministros e doutores
e homens de sabedoria

em Vide passou Dom Diniz
nosso Rei de Portugal
se a perdiz quiz comer
em Vide teve de depenar

Vide teve pelourinho
pois em tempos foi Conselho
com leis próprias da terrinha
com prisão que era um cortelho

casas com paredes falsas
em tempos houve na Vide
para esconder os alimentos
para que caca os não vísse

houve lutas bém sangrentas
na ponte velha entre Cacas e Brandão
os Cacas andavam pelos montes
roubando aos povos o pão

esta freguesia abandonada
em tempos produziu pão
para alimentar seus filhos
em tempos mais de três mil então

Vide sede de freguesia
com vinte e oito terrinhas
hoje quase abandonadas
foram embora suas gentinhas

amo ésta Freguesia
pois faz parte do meu ser
e era neste cantinho
que gostava de viver

CjM Frádigas

19/10/2009

ANO NOVO VIDA NOVA

Hoje último dia do ano
dia que nos despedimos dos amigos
desejando um bom 2010

NÃO ESQUEÇAMOS QUE QUEM VAI FAZER O NOSSO ANO DE 2010 BOM OU MENOS BOM SOMOS NÓS

NÓS que devemos meditar naquilo que nos correu menos bém neste ano que vai findar

NÓS que devemos pensar o que devemos fazer para que 2010 seja um pouco melhor
para nós e para os nossos mais queridos

É MUITO BONITO LER AQUELAS FRASES FEITAS, DE MUITAS COISAS BOAS PARA O PROXIMO ANO

Mas nada vem por acaso, temos que lutar para melhorar nossa vida e dos nossos filhos
temos que lutar para ganhar o suficiente para nossas nessecidades e deles
temos que lutar para arranjar palavras sábias para os educar
Pois nos dias actuais, em que a maldade, o iguismo, o consumismo,as drogas, etc, tomaram conta da nossa sociedade
temos de estar alerta
temos de aprender a saber educar

Amigos seria tudo bém melhor se desejando tudo de bom para os amigos
por si só já fosse um acto consumado,
mas não é assim
E nós sabemos que não é assim
Por isso vamos lutar com unhas e dentes para fazer deste mundo um mundo melhor para nós e para os nossos mais queridos

E não ficamos por aqui neste novo ano de 2010
Vamos dar mais um pouco de contributo para tornar o mundo melhor para o nosso semelhante
É muito simples;

Vamos partilhar só um pouquinho mais este novo ano de 2010
Se cada um de nós quizer só partilhar mais um pouco, não só com béns, mas com amizade, com fraternidade
Vamos ser mais simpaticos , mais carinhosos, mais tolerantes, enfim mais amigos da paz

Agora o meu desejo para todos é que meditem pensem e lutem para que todos os sonhos sejam realidades
quer no campo afetivo
quer no campo munetário
quer no campo educacional

Me desculpem alguma repetição mas escrevi diretamente para aqui o que estava sentindo

Último desejo para todos
Sejam sempre felizes aconteça aquilo que acontecer
MAS PARA SE SER FELIZ TAMBÉM TEMOS DE FAZER POR ISSO

PORTANTO ESTÁ TUDO EM NOSSAS MÃOS PARA ESTE NOVO ANO QUE SE APROXIMA

Novo ano se assim o desejarmos

Eu desejo a todos saúde e muita, muita alegria

RELIGIÃO,



RELIGIÃO

Amigos hoje vou falar um pouco de religião
Por estarmos na Quaresma e ser este  tempo de reflexão

Amigos esta capelinha de Frádigas foi onde eu fui educado na fé Católica
se me perguntarem se é essa minha religião;
Simplesmente responderei:  A minha religião é fazer o bem sem olhar a quem
nesta pequena aldeia de Frádigas terra de uma única família, daqui são descendentes dois padres, uma irmã, e um pastor de almas,
TODOS SÃO FAMÍLIARES ENTRE SI, RESPEITADOS POIS NENHUM ENSINA A FAZER O MAL
Os padres, o padre Freire está em Celorico da Beira, o padre Mendes está em Santarém ,
a irmã julgo que está na Alemanha actualmente, o pastor está em Belém do Pará no Brasil
Pastor Firmino da Anunciação Gouveia, foi o responsavel em BELÉM do envio de mais de 500 missíonários para o Mundo.
Amigos falei nestes homens da religião, para verem como até uma aldeia de família, cada um segue seu rumo, importante é que seus rumos sejam na vertente do bem
A mim pouco me importa se aquele ou o outro é Cristão, Mulçumano, Budista ou ateu
O importante é se seu comportamento na vida perante seu semelhante é um comportamento digno
Amigos sejam desta ou daquela religião, bom é amarem o proximo, bom é partilhar, alegrar, estimar

NÃO É IMPORTANTE SE É DESTE OU DAQUELE CREDO RELIGIOSO
PENSEM NISTO AMIGOS NESTA QUADRA DE REFLEXÃO
TENHAM COMO SENHA DE RELIGIÃO O BEM
POIS COM ELE SE MOVEM MONTANHAS
AMEM O VOSSO VIZINHO
AJUDEM AQUELE QUE PRECISA quer de bens materias quer de conforto (carinho) que tantas vezes a muitos  faz falta
TENTEM CRIAR UM ESPIRITO SANTO DENTRO DE VÓS

DESABAFANDO



Minha mãe N. Janeiro 1913 F. Dezembro 1987

Meu pai N. Junho 1908 F. Abril 2007

EMBORA MUITO UMILDES FORAM MUITO FELIZES E FIZERAM E CONTINUAM A FAZER OUTROS TAMBÉM FELIZES

Desabafando

Um homem sem ter motivo
para a vida enfrentar
tem que ter muito cuidado
para nela não tropeçar

Se no comboio houve alguém
que lhe deu um empurrão
mostre na cara um sorriso
e de-lhe um aperto de mão

Repare no dia a dia
muitos deixa de viver
vivendo na escoridão
sem o dia amanhecer

Se logo pela manhã
não soubermos entender
a búzina do automobilista
que nos parece ofender

Se voce der um sorriso
sem malícia mas perdão
será muito mais feliz
do que dar um palavrão

Se não souber perdoar
e logo se chatear
o dia corre-lhe mal
no trabalho, em casa e em qualquer lugar

CALOR NA MINHA JANELA



CALOR NA MINHA JANELA
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Falta daquela janela

onde olhava por ela

o teu passo animado

Agora que está calor

corro o estoro por pavor

e fico de costas voltado

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É o calor do verão

parecendo quase maldição

mas normal na estação

Muitos esquecendo isso

quase como reboliço

dizem...Meu Deus que ingratidão

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Gosto mais da Primavera

embora não sinta por ela

o mesmo que por ti ...não desminto

Mas é mesmo na Primavera

que corre água na minha janela

lágrimas do amor que por ti sinto

SAUDADE



SAUDADE

Anda saudade comigo
sabes que estou contigo
numa e noutra ocasião
És a memória que restas
que me limas as arestas
duma e doutra recordação
Gosto de ter-te comigo
viver sem ti não consigo
mandas em meu coração
Às vezes quero perder-te
mas com vontade de querer-te
p`ra me dares satisfação ...Ou, estrangulares meu coração

A VIDA É CURTA



A VIDA É CURTA

A vida é uma semana
com dois dias para viver
Porque os outros cinco dias
são para a gente sofrer

Dois dias são de trabalho
outros dois de confusão
um dia é de tristeza
que estrangula o coração

Quando chega o final
que vem vindo devagarinho
não diz nada nem avisa
perde-mos o que ficou p`lo caminho

GENTES DE FRÁDIGAS


Gentes de Frádigas , a maioria já nos abandonou, eram homens e mulheres de grande didnidade.
Que os do futuro saibam criar bons pilares dos bons alicerces que estes que já partiram lhes deixaram

SONHOS PEQUENOS



Os meus sonhos são pequenos
pois grandes são ilusão
concretizando meus sonhos
alegro meu coração

Eu não sonho muito alto
sonho sempre rasteirinho
sonho com comida na mesa
com muito amor e carinho

Sonho com crianças correndo
sempre alegres e com pão
sonho com um mundo diferente
em que todos dão a mão

Sonho às vezes com o impossivel
que não o chegaria a ser
se os homens entendessem
como é bom saber viver

Sonho contigo à noite
sonho contigo acordado
sonho contigo pela aurora
nos sonhos estás a meu lado

Sonhos de pouca ambição
bém recheados de amor
sonhos de compreenção
sonhos com grande sabor

Os sonhos bém acordado
fazem parte do bom saber
se não vivermos os sonhos
não vale a pena viver

Meus sonhos são para viver
por isso eu quero sonhar
se eu sonha-se dormindo
não queria meus sonhos lembrar

São os meus sonhos pequeninos
são os sonhos do meu mundo
são os sonhos que eu vivo
cheios de um amor profundo

Para que sonhar com alturas
se vivemos bém baixinhos
vivamos o dia a dia
até ficarmos velhinhos

Frádigas CjM

JOÃO BRANDÃO "O TERROR DAS BEIRAS"

João Brandão o terror das Beiras

Muitas vezes passou aqui em Frádigas , em perseguição dos cacas que ao fim de contas nada mais eram que um bando de banduleiros que tudo pilhavam por onde passavam .
Falamos do tempo das lutas sangrentas, que se desenrolaram principalmente entre as fações apoiantes dum lado os Miguelistas do outro os Liberais essas lutas que se travaram mais nas Beiras onde os Municípios para mais destabilizar a situação do País contrataram os ditos cacas; estes acabadas as lutas partidárias, não abandonaram estes montes por cá ficaram pilhando e matando .
Recordo um homem do pavão que um dia apareceu no sítio do outeiro onde hoje está a  capela, nessa altura aí só havia uma casa , a casa do JOAQUIM MARTINS marido de RITA FREIRE e foi mesmo a ele que o pobre homem veio pedir socorro, e bém alto gritava:- Socorro, socorro, acode-me Joaquim Martins, e foi assim com altos gritos que Joaquim Martins e família acordaram encaminhando-se para a porta o coitado do homem desabafou ; mataram a minha mulher e olha o que me fizeram a mim, e retirando as mãos do ventre as tripas sairam fora, muitas vezes me enterrogo ; como é possível aquele homem ter percorrido cerca de 2km com as tripas na mão por um caminho que nada mais era que o bordo da levada.
Estes cacas "vandalos" que permanesseram por estes montes durante várias décadas,chegados a qualquer sítio onde houve-se galinhas e borregos por aí ficavam até comerem  todos os mantimentos; os donos ou caseiros do sítio eram acorralados juntamente com os animais "ovelhas" durante a noite , e durante o dia trabalhavam debaixo de sua guarda, sendo obrigados a falar com alguém que por ali passa-se como se nada estive-se acontecendo, ---------------------cont.