Neste Livro, entre outra coisas,vou dar a conhecer aos leitores; A História da antiga Quinta das Fradegas e suas gentes
sábado, 25 de junho de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
DEOLINDA, MAIS UM GLOBO DE OURO
Frádigas está de parabéns
Deolinda, nomeados em 2 categorias: melhor canção e melhor grupo
Ontem ganharam mais um globo de ouro, melhor grupo 2010
Sendo Frádigas uma família os Fradiguenses sentem-se orgulhosos
Parabéns "DEOLINDOS"
http://aeiou.visao.pt/o-pai-da-deolinda=f594017
sábado, 7 de maio de 2011
Viriato, entre Frádigas e Aguincho
BURACO DO TEIMOSO NO VALE D`ÁGUA
Entre Frádigas e Aguincho fica este tipo de pequena gruta (caverna)
(conhecido por buraco do teimoso)
Consta-se que por volta de 1850 um idividuo teimoso em não ir à tropa (fugido à tropa)
Andava fugido pelos montes tendo como seu refugio noturno esta caverna
Da origem deste teimoso pouco se sabe dizia-se ser das bandas de Oliveira do Hospital
(Alguém agora também diz ser do Pavão ...Nunca o ouvi aos antigos, não me parecendo visto eles terem conhecimento de quem habitava o Pavão naquela época .)
Consta-se que foi preso pelo Capitão de melícia João Brandão que o encontrou por acaso
numa das suas emboscadas aos Cacas.
Este buraco serviu também como abrigo de pastores
Hoje lá continua O Vale D`água com o seu buraco abandonado com tantas histórias por contar quer do Teimoso, quer dos Cacas, quer do João Brandão e de tantos outros que por ali pernoitaram ou simplesmente se abrigaram
Muitas terras das redondesas reclamam Viriato como seu ilustre habitante...Teremos de perguntar ao Vale D` água se concorda ou não com essas teorias.
Viriato era, segundo a teoria avançada por Schulten, oriundo dos altos Montes Hermínios, actual Serra da Estrela, embora nenhum autor da antiguidade o tenha mencionado
segunda-feira, 4 de abril de 2011
VIDE - SEIA
VIDE
Vide, minha freguesia
seu nome vem da videira
tem Nossa Senhora da Assunção
como sua Padroeira
Nas margens da ribeira de Alvôco
fica esta aldeia formosa
tem gente que eu estimo
muita gente calorosa
Tem um lagar bem antigo
que há-de ser um Museu
para que os Videnses no futuro
saibam como o povo viveu
Tem lá no alto o Calvário
tem cá em baixo a Igreija
onde os peregrinos dos povos
veem rezar à Padroeira
Esta terra bem antiga
em tempos teve rebanhos
e era da lã e do leite
que Videnses tinham os ganhos
Era mesmo na canada
no tempo da transumância
que passavam os rebanhos
para o pasto em abundancia
E rebanhos vinham de longe
para na serra entrar
pagavam 50 reis por ovelha
Loriga é que ficava a ganhar
Antes teve um Capitão Mór
que era o Senhor Vinhais
numa quinta com jardins
fazia os seus arraiais
Nasceu gente importante
nesta minha Freguesia
padres,ministros e doutores
e homens de sabedoria
Em Vide passou Dom Diniz
nosso Rei de Portugal
se a perdiz quiz comer
em Vide teve de depenar
Vide teve pelourinho
pois em tempos foi Conselho
com leis próprias da terrinha
com prisão que era um cortelho
Casas com paredes falsas
em tempos houve na Vide
para esconder os alimentos
para que caca os não vísse
Houve lutas bem sangrentas
na ponte velha... entre Cacas e Brandão
os Cacas andavam pelos montes
roubando aos povos o pão
Esta freguesia abandonada
em tempos produziu pão
para alimentar seus filhos
em tempos mais de três mil então
Vide sede de freguesia
com vinte e oito terrinhas
hoje quase abandonadas
foram embora suas gentinhas
Amo esta Freguesia
pois faz parte do meu ser
e era neste cantinho
que gostava de viver
CjM Frádigas
19/10/2009
sábado, 2 de abril de 2011
João Brandão (o Terror das Beiras) e os Cacas
João Brandão (o Terror das Beiras)
por Cândido José Turing Martins a Sábado, 2 de Abril de 2011 às 19:13
João Brandão
Aos doze anos comete o seu primeiro homicídio, na pessoa de um pastor de Gouveia, que mataria como mero exercício de pontaria.
É assim que, ao merecer o elogio de pai e irmãos, inicia a vida pela qual ficaria conhecido.
De nome completo João Vítor da Silva Brandão, nasceu em Midões, Tábua, no dia 1 de Março 1825 e ficaria na memória da população, sobretudo da Beira Alta, durante o século XIX,
Meu bisavô materno, Trisavô paterno- Manuel João Freire (O Costas Largas) , o propriétario e primeiro habitante da Quinta das Fradegas era mais ou menos da mesma idade "muitas vezes se cruzaram até mediram forças"
João Brandão
Aos doze anos comete o seu primeiro homicídio, na pessoa de um pastor de Gouveia, que mataria como mero exercício de pontaria.
É assim que, ao merecer o elogio de pai e irmãos, inicia a vida pela qual ficaria conhecido.
De nome completo João Vítor da Silva Brandão, nasceu em Midões, Tábua, no dia 1 de Março 1825 e ficaria na memória da população, sobretudo da Beira Alta, durante o século XIX,
Meu bisavô materno, Trisavô paterno- Manuel João Freire (O Costas Largas) , o propriétario e primeiro habitante da Quinta das Fradegas era mais ou menos da mesma idade "muitas vezes se cruzaram até mediram forças"
João Brandão teve uma amante de seu nome Ana , em Baloquinhas- Vide
Dessa relação nasceu um filho
de seu nome João Augusto Brandão
Foi Barbeiro FEZ MUITAS OPERAÇÕES SALVOU MUITA GENTE
Podemos dizer que foi um dos primeiros ALERTA MÉDICO do País , a quem os utentes pagavam uma quota anual em generos
João Augusto Brandão, era o pai da tia Laurinda do Pavão, que casou com o meu tio materno ; António Martins
( Neta do Terror das Beiras, casa com neto de Costas Largas)
e viveram no Outeiro-Frádigas
João Brandão
Muitas vezes passou em Frádigas , não para a visitar mas sim em perseguição dos cacas que ao fim de contas nada mais eram que um bando de banduleiros que tudo pilhavam por onde passavam .
Falamos do tempo das lutas sangrentas, que se desenrolaram principalmente entre as fações apoiantes dum lado os Miguelistas do outro os Liberais, essas lutas que se travaram mais nas Beiras, onde os Municípios para mais destabilizar a situação do País contrataram os ditos cacas, estes acabadas as lutas partidárias, não abandonaram estes montes por cá ficaram pilhando e matando .
Recordo minha mãe contar a história de um homem do pavão que um dia apareceu no sítio do Outeiro-Frádigas ( onde hoje está a capela de nossa senhora da Boa Sorte), nessa altura aí só havia uma casa , a casa do JOAQUIM MARTINS e RITA FREIRE (meus avós maternos) e foi mesmo a ele que o pobre homem veio pedir socorro, e bém alto gritava:- Socorro, socorro, acode-me Joaquim Martins, e foi assim com altos gritos que Joaquim Martins e família acordaram encaminhando-se para a porta, onde o coitado do homem desabafou ; mataram a minha mulher e olha o que me fizeram a mim, e retirando as mãos do ventre as tripas sairam fora, muitas vezes me enterrogo ; como é possível aquele homem ter percorrido cerca de 2km com as tripas na mão por um caminho que nada mais era que o bordo da levada.
Estes cacas "vandalos" que permanesseram por estes montes durante várias décadas,chegados a qualquer sítio onde houve-se galinhas e borregos por aí ficavam até esgotarem os mantimentos; os donos ou caseiros do sítio eram acorralados durante a noite junto com os animais , durante o dia trabalhavam debaixo de sua guarda, falando com alguém que por ali passa-se como se nada estive-se acontecendo, ...cont.
Lá vai o João Brandão
A tocar o violão
Casaca da moda na mão
Atão Atão Atão
Tré tré olaré tré tré
Era a moda do meu pai
Oh pastor, lavrador, enganador
rinhinhó, rinhinhó, ó-ó-ó, ó-ó-ó
(Canção Popular cuja origem está na deportação de João Brandão, para Angola, em 1870, na sequência da condenação por homicídio do Padre Portugal.)
Em Frádigas João Brandão também tinha uma quadra
De vinte e oito que matei
só de um tenho paixão
ter morto um inocente
com um punhal de oiro na mão
Esta história Continua ..........................
quarta-feira, 30 de março de 2011
Herdeiros de Costas Largas no Brasil
Padre Firmino da Anunciação Gouveia partio com sua mãe Anunciação
para o Brasil com apenas 3 anos em 1928
Seu pai e seu avô materno Manuel Gonçalves já se encontravam aí emigrados
Date: Fri, 11 Mar 2011 22:51:42 -0300
Subject: Visitar Frádigas
From: joabgovea@brturbo.com.br
To: candidojosemartins@hotmail.com
Prezado senhor Cândido,
Meu nome é Joab, sou neto de Maria da Anunciação, nascida em Frádigas e que veio para o Brasil na década de 20, que, à época, era jovem e casada com José de Gouvea (de São Gião). Havia pedido o primeiro filho e tinha um segundo, meu tio Firmino Gouvea, hoje com 86 anos. Já em Belém, no estado do Pará, nasceram os dois outros filhos, Maria Gouvea, 82 (minha mãe) e João Gouvea, 72.
Embora não saiba praticamente nada a seu respeito, nem mesmo se temos algum vínculo de parentesco, vejo que tens muito interesse nas hitórias da família, principalmente quando ligadas a Frádigas.
Eis aí a razão do meu contato.
Estou planejando levar os três irmãos para conhecer Portugal, em especial, Frádigas, a terra dos nossos. Hoje, mesmo em idades avançadas, acredito, ficarão muito felizes em conhecer parentes e visitar lugares que muito ouviram quando crianças. Acho que será uma boa oportunidade para estabelecer contatos, fazer levantamentos, registros e links do histórico familiar.
Por hora, tudo está no campo do planejamento, até porque, uma viagem desta natureza exige muito cuidade, tendo em conta a idade e as condições físicas dos três irmãos.
Bem, se houver interesse neste assunto, peço que entre em contato.
Joab Gouvea
Dia 12/03/2011
Minha resposta
Bom dia Joab,
Quando dicidirem visitar Frádigas, gostaria de ser avisado com antedencia, para podermos combinar um encontro "festa" com parte da família, que somos muitos, residentes a maioria na Capital - Lisboa onde também eu resido........
Frádigas aldeia que me vio nascer e a vossa avó, fica a cerca de 300 km .
Atualmente em Frádigas só residem 24 pessoas, mas a nossa família contando com essa apernada da árvore que cresceu aí para o Brasil, outra na Argentina , alguns ramos na Europa e América do Norte, somos mais de 8oo pessoas.
Minha mãe Também ela Anunciação herdou o nome de vossa avó "sua madrinha e prima"
Frádigas com apenas 24 habitantes, mas; com cerca de 50 habitações a grande maioria portanto são casas de férias, onde nós nos deslocamos com frequencia para respirarmos aquele belo ar da Serra da Estrela e recarregarmos as baterias com a beleza e tranquilidade que em Frádigas se vive.
Os descendentes da Quinta das Fradegas somos uma família ,,,tanto por laços familiares que nos unem tanto pelo sentimento que sentimos uns pelos outros.
"somos todos herdeiros do primeiro homem que a Frádigas chegou por volta de 1850"
Um abraço a toda a descendencia de Maria da Anunciação e José Gouveia "família Fradeguense que resolveu ficar aí pelas terras de Vera Cruz" Para onde o Pai de Maria Anunciação; Manuel Gonçalves os encaminhou e os três aí acabaram por falecer
Outros familiares Fradeguenses entre eles meu avô por aí andaram, mas voltaram para Frádigas na década de 1930.
Cândido Martins
para o Brasil com apenas 3 anos em 1928
Seu pai e seu avô materno Manuel Gonçalves já se encontravam aí emigrados
Date: Fri, 11 Mar 2011 22:51:42 -0300
Subject: Visitar Frádigas
From: joabgovea@brturbo.com.br
To: candidojosemartins@hotmail.com
Prezado senhor Cândido,
Meu nome é Joab, sou neto de Maria da Anunciação, nascida em Frádigas e que veio para o Brasil na década de 20, que, à época, era jovem e casada com José de Gouvea (de São Gião). Havia pedido o primeiro filho e tinha um segundo, meu tio Firmino Gouvea, hoje com 86 anos. Já em Belém, no estado do Pará, nasceram os dois outros filhos, Maria Gouvea, 82 (minha mãe) e João Gouvea, 72.
Embora não saiba praticamente nada a seu respeito, nem mesmo se temos algum vínculo de parentesco, vejo que tens muito interesse nas hitórias da família, principalmente quando ligadas a Frádigas.
Eis aí a razão do meu contato.
Estou planejando levar os três irmãos para conhecer Portugal, em especial, Frádigas, a terra dos nossos. Hoje, mesmo em idades avançadas, acredito, ficarão muito felizes em conhecer parentes e visitar lugares que muito ouviram quando crianças. Acho que será uma boa oportunidade para estabelecer contatos, fazer levantamentos, registros e links do histórico familiar.
Por hora, tudo está no campo do planejamento, até porque, uma viagem desta natureza exige muito cuidade, tendo em conta a idade e as condições físicas dos três irmãos.
Bem, se houver interesse neste assunto, peço que entre em contato.
Joab Gouvea
Dia 12/03/2011
Minha resposta
Bom dia Joab,
Quando dicidirem visitar Frádigas, gostaria de ser avisado com antedencia, para podermos combinar um encontro "festa" com parte da família, que somos muitos, residentes a maioria na Capital - Lisboa onde também eu resido........
Frádigas aldeia que me vio nascer e a vossa avó, fica a cerca de 300 km .
Atualmente em Frádigas só residem 24 pessoas, mas a nossa família contando com essa apernada da árvore que cresceu aí para o Brasil, outra na Argentina , alguns ramos na Europa e América do Norte, somos mais de 8oo pessoas.
Minha mãe Também ela Anunciação herdou o nome de vossa avó "sua madrinha e prima"
Frádigas com apenas 24 habitantes, mas; com cerca de 50 habitações a grande maioria portanto são casas de férias, onde nós nos deslocamos com frequencia para respirarmos aquele belo ar da Serra da Estrela e recarregarmos as baterias com a beleza e tranquilidade que em Frádigas se vive.
Os descendentes da Quinta das Fradegas somos uma família ,,,tanto por laços familiares que nos unem tanto pelo sentimento que sentimos uns pelos outros.
"somos todos herdeiros do primeiro homem que a Frádigas chegou por volta de 1850"
Um abraço a toda a descendencia de Maria da Anunciação e José Gouveia "família Fradeguense que resolveu ficar aí pelas terras de Vera Cruz" Para onde o Pai de Maria Anunciação; Manuel Gonçalves os encaminhou e os três aí acabaram por falecer
Outros familiares Fradeguenses entre eles meu avô por aí andaram, mas voltaram para Frádigas na década de 1930.
Cândido Martins
LINGUÍSTICA UTILIZADA EM FRÁDIGAS
Palavras que os Fradiguenses utilizavam ainda nos anos de 1960
Muitas destas palavras foram trazidas do Brasil pelos Fradiguenses entre 1897 e 1930
Outras (poucas destas) da Argentina entre 1931 e 1945
Algumas ainda fazem parte do dicionario de Português embora pouco sejam utilizadas
-Atramoucado - tolo/doido
-Atorduado -aparvalhado/ não bate bem da cabeça
-Abáda - avental com qualquer coisa
-Áuga - água
-Aventar - deitar fora
-Almocreve - o que compra e vende deslocando-se em burros
-Augado - insatisfeito, que deseja/à espera de receber e não recebeu
-Apupar - gritar uuuuuuuuuuuuuuuu
-Apoguentado - preocupado/aflito
-Arrenegar - chatear
-Alveirada - intervalo de chva / deixou de chover
-Abelhudo - desesrascado/repara tudo
-Aveças - ao contrário
-Achanfrado - amalucado/ tonto
-Avezada - habituada
-Altarrona - rapariga alta
-Alvadiço - atiradiço
-Amerzundado - instalado/não fazer nada
-Amolancar - estragar
-Amulagado - amolgado
-Agaçar - atiçar
-Acoitar - abrigar da chuva
-Arangar - a dizer , a resmungar
-Agancha - arame para conduzir um arco
-Aganchar -Puchar ramo de arvore para apanhar o fruto
-Àcata - à procura
-Achadiço - esquisito
-Ao calhas - qualquer maneira
-Aljabardo - mal vestido/camisa de fora
-Altarrão -rapaz alto
-Barranco - muro caido
-Borrar - sujar
-Borrega - ferimento com pus/calo bolha de água
-Bosta - excremento de vaca
-Bostela - crosta de ferida
-Bota - deita / entorna
-Botelha - abóbora
-Botelho- gordo
-Braveira - chorar muito (feroz)
-Berter - derramar
-Briol - frio
-Borralho - cinza
-Broxo - prego pequeno
-Bachicar - molhar com água atirada com as mãos
-Badalhoco - muito sujo
-Balcão - espaço à estrada de casa/pátio
-Baraço - corda fina
-Beijinhas - vagens de feijão
-Bicha ou rata - vagina
-Beirito - um pouco
-Brutamontes - bruto/que não diz nada de jeito
-Borda - local menos fundo num rio, poço/ borda do prato
-Barbudo - nevoeiro
-Beirolar - chuviscar
-Barbas - vento gelado
-Basto - espesso/sopa grossa /com muito entulho
-Bátegazita - chuvada fraca e curta
-Batecú - cair de cu
-Biscalhito - pedaço muito pequeno
-Biscalha - pedaço
-Berreiro - chorar muito
-Bico d´obra - coisa difícil
-Barriga de alqueire - barrigudo
-Bardo - local onde está o porco
-Calhau - pedra
-Calhoada - pedrada
-Coirão - ordinário
-Combaro - muro de uma leira
-Compinchas - companheiros
-Corar - branquear ao
-Cueiros - fraldas
-Cramunheira - barulheira
-Codita - pequeno pedaço de pão
-Calhordas - fulano torto/ ruim
-Canchada - dar um passo largo
-Coizito - bocadito
-Catrapiscar - andar atraz duma rapariga para namorar
-Chaleira - cafeteira
-Chapinhar - bater na água
-Caganátias - excremento de ovelha e cabra
-Caganeira - diarreia
-Calhandrona - relez/ sem importancia
-Chambaril - utencílio de pau para pendurar o Porco
-Chícharo - feijão frade
-Chiqueiro - fazer lixo
-Caipira - malandro
-Chicara-cálice
-Degredo - viver sem sossego
-Derrancado - bom para o trabalho
-Destrambulhado - bruto aparvalhado
-Estrelincar - fazer muito barulho
-Eódepois - depois
-Emgadelha - sem chapéu
-Engalinhado - cheio de frio
-Esguelha - de lado
-Enfadado - cansado
-Esbrocelada - com falta de um pedacinho/louça/pão
-Ensertado - aberto/ começado a comer
-Espichar - esticar
-Esborralhar - desmanchar
-Esmoer - fazer a digestão
-Escurrupichar - Beber o resto
-Esgaziado - conduzir
-Esqueixada - côdea da broa meia levantada
-Esterlicada -
-Esqueirados - frida/lábios com frida
-Escaleiras -degraus/ escadas em pedra
-Estiado - parou de chover
-Estrotegar - torcer o pé
-É um pisquito - come pouco
-Está Quêda - está parada
-Esturricada - brôa queimada/comida que agarrou na panela
-Fariseu - mau/ que faz maldades
-Fuzeta ou fuzeira - vara de gurda chuva, onde se espetavam as batatas para assar no forno
-Farregodilhas - traquino/mexido
-Fedelho - traquino/
-Forro- sótão
-Fedor - mau cheiro
-Fedúncio - reles
-Fuderices - bisbolhetices
-Fungar - choramingar
-Gadelha - cabelo
-Gaiteiro - bem vestido
-Galheta - palmada
-Grilo - pénis
-Gosma - interesseiro
-Hirejo - ateu/ não entrava na capela
-Imonado - chateado
-Ia na fisga - ia rápido/ ía à procura
-Ingrimanso -entreter/forma de passar o tempo com qualquer coisa tipo brinquedo
-Jabardo - sujo, porco
-Janelito- janela pequena
-Lambão - comilão/que tira primeiro
-Lombeirão - preguiçoso
-Lampeiro - o que tira primeiro
-Lambisgóia - pessoa que pouco importa
-Lamuria - choramingar
-Lapacheiro - sujidade (lama/liquídos)
-Lesma - escarro
-Lêvedar - fermentar
-Lixado -tramado
-Lôrpa - comilão
-Malina - doença estranha nos animais
-Malcriado - mal educado
-Deu um malhão - deu uma queda
-Martólas - cabeçudo
-Medrar - crescer
-Meter o bedelho - intrometer-se
-Manadita - pouco
-Mê Filho - meu filho
-Mastronço - mal feito/a
-Migalha - pequeninos pedaços que caem
-Má bisca - pessoa que não presta
-Miscaros - cogumelos
-Miúfa - medo
-Malga - tijela
-Mixordeiro - provocador
-Mocho - triste/calado
-Moinante - correcio
-Monco - ranho
-Mouco - surdo
-Nalgadas - palmadas nas nádegas
-Nalgas - nádegas
-Odre - vasilha em pel de cabra para tranportar vinho ou azeite
-Grande odre-idividuo que bebe muito/barriga grande
-Penca - nariz grande
-Pelanquim - varanda
-Pimpão - bem trajado/ todo bonito
-Papagaio- falar muito
-Paveia - braçado
-Paveíta de mato- mólho pequeno
-Pote- utencilio em barro onde se guardava o azeite
-Paleio - conversa
-Pulha - sacana/rélez
-Perrice - chorar
-Pertelinho - muito perto
-Pessinar - benzer/sinal da cruz
-Poaceira - poeira
-Péla - sertã/ frigedeira
-Postigo - pequena abertura/ janelito muito pequeno
-Putiz - miúdo/pequeno
-Pedrês - segurança de meia porta
-Pitróleo - Petróleo
-Quilhado - prejudicado/tramado
-Quinté - que até
-Relêgo - calma, cuidado
-Respigo - parte de cacho de
-Rabadela - vento forte
-Remelgado - com sono
-Rilhar - trincar
-Roçar - cortar pequenos arbustos "mato"
-Sassaricar - andar dum lado para o outro
-Suvina - agarrado/ que não dá nada
-Selamurdo - calado
-Sabichão - o que julga saber tudo
-Sertã - péla/ frigideira
-Soltura - diarreia
-Sumisso - desaparecimento
-Taleiga - saca de pano
-Taleigo - saco de pel de ovelha
-Tens bichos carpinteiros no rabo - não paras quieto
-Talisca - buraco
-Talha - utensílio em barro para guardar as chouriças no azeite
-Temperas - tripé para por a panela no fogo
-Tezicar - arreliar
-Tísica - magro/doente
-Tarecos - utensílios velhos
-Topada - bater com os dedos do pé
-Trampa - excremento
-Trigamilho - pão de trigo com milho
-Todo enchado - vaidoso
-Troca Tintas - trapalhão
-Trambolho - empecilho/ estrova/idivíduo mal feito
-Troncamaronca - à toa
-Trepesso - banco de cortiça
-Verças - folhas de couve
-Veneta -ideia
-Vai na mexa - vai depressa
-Velháco - malandreco/ ruim
-Ventaneira - vento forte
-Vai bugiar - vai passear
-Vem aí uma auguada - vem aí uma chuvada
-Xi Coração - abraço forte
ESTAS DEIXO PARA VER QUEM SABE O SIGNIFICADO
Loisão, fincão, gradizela, folhada, crostos, folhelho, coiço, casulo (cazulo), chisquito, chibo, talhadoiro, almofariz, avoiz,
Muitas destas palavras foram trazidas do Brasil pelos Fradiguenses entre 1897 e 1930
Outras (poucas destas) da Argentina entre 1931 e 1945
Algumas ainda fazem parte do dicionario de Português embora pouco sejam utilizadas
-Atramoucado - tolo/doido
-Atorduado -aparvalhado/ não bate bem da cabeça
-Abáda - avental com qualquer coisa
-Áuga - água
-Aventar - deitar fora
-Almocreve - o que compra e vende deslocando-se em burros
-Augado - insatisfeito, que deseja/à espera de receber e não recebeu
-Apupar - gritar uuuuuuuuuuuuuuuu
-Apoguentado - preocupado/aflito
-Arrenegar - chatear
-Alveirada - intervalo de chva / deixou de chover
-Abelhudo - desesrascado/repara tudo
-Aveças - ao contrário
-Achanfrado - amalucado/ tonto
-Avezada - habituada
-Altarrona - rapariga alta
-Alvadiço - atiradiço
-Amerzundado - instalado/não fazer nada
-Amolancar - estragar
-Amulagado - amolgado
-Agaçar - atiçar
-Acoitar - abrigar da chuva
-Arangar - a dizer , a resmungar
-Agancha - arame para conduzir um arco
-Aganchar -Puchar ramo de arvore para apanhar o fruto
-Àcata - à procura
-Achadiço - esquisito
-Ao calhas - qualquer maneira
-Aljabardo - mal vestido/camisa de fora
-Altarrão -rapaz alto
-Barranco - muro caido
-Borrar - sujar
-Borrega - ferimento com pus/calo bolha de água
-Bosta - excremento de vaca
-Bostela - crosta de ferida
-Bota - deita / entorna
-Botelha - abóbora
-Botelho- gordo
-Braveira - chorar muito (feroz)
-Berter - derramar
-Briol - frio
-Borralho - cinza
-Broxo - prego pequeno
-Bachicar - molhar com água atirada com as mãos
-Badalhoco - muito sujo
-Balcão - espaço à estrada de casa/pátio
-Baraço - corda fina
-Beijinhas - vagens de feijão
-Bicha ou rata - vagina
-Beirito - um pouco
-Brutamontes - bruto/que não diz nada de jeito
-Borda - local menos fundo num rio, poço/ borda do prato
-Barbudo - nevoeiro
-Beirolar - chuviscar
-Barbas - vento gelado
-Basto - espesso/sopa grossa /com muito entulho
-Bátegazita - chuvada fraca e curta
-Batecú - cair de cu
-Biscalhito - pedaço muito pequeno
-Biscalha - pedaço
-Berreiro - chorar muito
-Bico d´obra - coisa difícil
-Barriga de alqueire - barrigudo
-Bardo - local onde está o porco
-Calhau - pedra
-Calhoada - pedrada
-Coirão - ordinário
-Combaro - muro de uma leira
-Compinchas - companheiros
-Corar - branquear ao
-Cueiros - fraldas
-Cramunheira - barulheira
-Codita - pequeno pedaço de pão
-Calhordas - fulano torto/ ruim
-Canchada - dar um passo largo
-Coizito - bocadito
-Catrapiscar - andar atraz duma rapariga para namorar
-Chaleira - cafeteira
-Chapinhar - bater na água
-Caganátias - excremento de ovelha e cabra
-Caganeira - diarreia
-Calhandrona - relez/ sem importancia
-Chambaril - utencílio de pau para pendurar o Porco
-Chícharo - feijão frade
-Chiqueiro - fazer lixo
-Caipira - malandro
-Chicara-cálice
-Degredo - viver sem sossego
-Derrancado - bom para o trabalho
-Destrambulhado - bruto aparvalhado
-Estrelincar - fazer muito barulho
-Eódepois - depois
-Emgadelha - sem chapéu
-Engalinhado - cheio de frio
-Esguelha - de lado
-Enfadado - cansado
-Esbrocelada - com falta de um pedacinho/louça/pão
-Ensertado - aberto/ começado a comer
-Espichar - esticar
-Esborralhar - desmanchar
-Esmoer - fazer a digestão
-Escurrupichar - Beber o resto
-Esgaziado - conduzir
-Esqueixada - côdea da broa meia levantada
-Esterlicada -
-Esqueirados - frida/lábios com frida
-Escaleiras -degraus/ escadas em pedra
-Estiado - parou de chover
-Estrotegar - torcer o pé
-É um pisquito - come pouco
-Está Quêda - está parada
-Esturricada - brôa queimada/comida que agarrou na panela
-Fariseu - mau/ que faz maldades
-Fuzeta ou fuzeira - vara de gurda chuva, onde se espetavam as batatas para assar no forno
-Farregodilhas - traquino/mexido
-Fedelho - traquino/
-Forro- sótão
-Fedor - mau cheiro
-Fedúncio - reles
-Fuderices - bisbolhetices
-Fungar - choramingar
-Gadelha - cabelo
-Gaiteiro - bem vestido
-Galheta - palmada
-Grilo - pénis
-Gosma - interesseiro
-Hirejo - ateu/ não entrava na capela
-Imonado - chateado
-Ia na fisga - ia rápido/ ía à procura
-Ingrimanso -entreter/forma de passar o tempo com qualquer coisa tipo brinquedo
-Jabardo - sujo, porco
-Janelito- janela pequena
-Lambão - comilão/que tira primeiro
-Lombeirão - preguiçoso
-Lampeiro - o que tira primeiro
-Lambisgóia - pessoa que pouco importa
-Lamuria - choramingar
-Lapacheiro - sujidade (lama/liquídos)
-Lesma - escarro
-Lêvedar - fermentar
-Lixado -tramado
-Lôrpa - comilão
-Malina - doença estranha nos animais
-Malcriado - mal educado
-Deu um malhão - deu uma queda
-Martólas - cabeçudo
-Medrar - crescer
-Meter o bedelho - intrometer-se
-Manadita - pouco
-Mê Filho - meu filho
-Mastronço - mal feito/a
-Migalha - pequeninos pedaços que caem
-Má bisca - pessoa que não presta
-Miscaros - cogumelos
-Miúfa - medo
-Malga - tijela
-Mixordeiro - provocador
-Mocho - triste/calado
-Moinante - correcio
-Monco - ranho
-Mouco - surdo
-Nalgadas - palmadas nas nádegas
-Nalgas - nádegas
-Odre - vasilha em pel de cabra para tranportar vinho ou azeite
-Grande odre-idividuo que bebe muito/barriga grande
-Penca - nariz grande
-Pelanquim - varanda
-Pimpão - bem trajado/ todo bonito
-Papagaio- falar muito
-Paveia - braçado
-Paveíta de mato- mólho pequeno
-Pote- utencilio em barro onde se guardava o azeite
-Paleio - conversa
-Pulha - sacana/rélez
-Perrice - chorar
-Pertelinho - muito perto
-Pessinar - benzer/sinal da cruz
-Poaceira - poeira
-Péla - sertã/ frigedeira
-Postigo - pequena abertura/ janelito muito pequeno
-Putiz - miúdo/pequeno
-Pedrês - segurança de meia porta
-Pitróleo - Petróleo
-Quilhado - prejudicado/tramado
-Quinté - que até
-Relêgo - calma, cuidado
-Respigo - parte de cacho de
-Rabadela - vento forte
-Remelgado - com sono
-Rilhar - trincar
-Roçar - cortar pequenos arbustos "mato"
-Sassaricar - andar dum lado para o outro
-Suvina - agarrado/ que não dá nada
-Selamurdo - calado
-Sabichão - o que julga saber tudo
-Sertã - péla/ frigideira
-Soltura - diarreia
-Sumisso - desaparecimento
-Taleiga - saca de pano
-Taleigo - saco de pel de ovelha
-Tens bichos carpinteiros no rabo - não paras quieto
-Talisca - buraco
-Talha - utensílio em barro para guardar as chouriças no azeite
-Temperas - tripé para por a panela no fogo
-Tezicar - arreliar
-Tísica - magro/doente
-Tarecos - utensílios velhos
-Topada - bater com os dedos do pé
-Trampa - excremento
-Trigamilho - pão de trigo com milho
-Todo enchado - vaidoso
-Troca Tintas - trapalhão
-Trambolho - empecilho/ estrova/idivíduo mal feito
-Troncamaronca - à toa
-Trepesso - banco de cortiça
-Verças - folhas de couve
-Veneta -ideia
-Vai na mexa - vai depressa
-Velháco - malandreco/ ruim
-Ventaneira - vento forte
-Vai bugiar - vai passear
-Vem aí uma auguada - vem aí uma chuvada
-Xi Coração - abraço forte
ESTAS DEIXO PARA VER QUEM SABE O SIGNIFICADO
Loisão, fincão, gradizela, folhada, crostos, folhelho, coiço, casulo (cazulo), chisquito, chibo, talhadoiro, almofariz, avoiz,
segunda-feira, 28 de março de 2011
HISTÓRIA DA CAPELA DE FRÁDIGAS E SEUS BENEMÉRITOS
A capela de Frádigas
Tanto se tem escrito sobre ela e sua construção que data de 1938
quando um casal; Joaquim Martins e sua mulher Ritta Freire ofereceram o terreno e todo o terreiro involvente para ali se poder venerar Nossa Senhora da Boa Sorte
Nunca é de mais agradecer a estes Benfeitores que se desprenderam de uma parte de sua herança da Quinta das Fradegas em tempos em que qualquer pedaço de terra tinha muito valor fosse ela de cultivo ou de mato pois; a falta deste obrigava os Fradiguenses a subirem diáriamente aqueles montes para trazerem um mólho.
Será caso para deixar aqui uma pequena questão :
Não seria caso para se prestar uma pequena Homenagem aqui em Frádigas a estes Beneméritos?
Se fossem da sede da Freguesia de certo que já teriam sido homenagiados, basta chegar a Vide e deparamo-nos com homenagens "reconhecimento" a pessoas que menos fizeram pela freguesia de Vide
Não estou a tirar o mérito a ninguém que foi homenagiado em Vide,estou sim a fazer simples comparações entre benfeitorias em pról da comunidade, no caso a de Freguesia de Vide
Julgo que é a junta de Freguesia; por vezes em conjunto com a comunidade civil que resolve retribuir o mérito de certos Videnses; no caso trata-se de Fradiguenses ou melhor uma Fradeguense e um Barriosense
Sim uma Fradeguense pois Ritta Freire nasceu na Quinta das Fradegas
Um Barriosense pois Joaquim Martins nasceu na Barriosa
Joaquim Martins Faleceu na década de 1950, sua esposa Ritta Freire faleceu na de 40
CjM, Neto de Joaquim Martins e Ritta Freire
História da Capela de Frádigas
Sabia que a Capela de Frádigas foi construída, em 1938, pela quantia de 4.175$40 e que a sua inauguração foi efectuada no dia 06 de Outubro desse mesmo ano.
O “Termo de Abertura” foi escrito pelo Sr. Padre António Manuel Cabral Lages e pedida Licença de Construção pelo Sr. Padre Cândido Abranches Nobre (então Pároco da Freguesia de Vide), que em 15 de Janeiro de 1938 fez também o Requerimento da Construção da Capela ao Sr. Bispo a Diocese da Guarda. Este Requerimento teve despacho 4 dias depois, 19 de Janeiro de 1938 (nesse tempo, felizmente, a palavra burocracia ainda não existia nos nossos dicionários, existia sim, a distância que separava Frádigas de Vide (+/- 7 km de terra empoeirada, percorridos a pé, sabe-se lá se calçado ou descalço).
Os trabalhos foram dirigidos pelo Sr. Padre António Manuel Cabral Lages, de Loriga, que incumbido pelo Sr. Padre Cândido Abranches escolheu o Local e acompanhou os trabalhos de construção da Capela. O Local e respectivo recinto escolhido, então chamado de Serro da Obra foi oferecido pelo fradiguense Sr. Joaquim Martins, a quem o Sr. Padre Lages muito agradeceu.
O Sr. Padre Lages também teceu grandes elogios de coragem a um povo, com apenas 18 fogos, mas que foi capaz de levar em frente uma obra daquela natureza, gente com garra e vontade de trabalhar. Devemos lembrar que desse pequeno povo, vieram as gerações seguintes, que ainda hoje lhes seguem as pegadas, sem desanimar, mesmo quando a Identidades Competentes não reconhecem o seu trabalho e lhes negam apoio, apoio esse muitas vezes essencial para que se consiga fazer algo pela nossa terra (a tal burocracia!!!! e não só).
Para que conste, a construção da Capela foi paga pelos moradores de Frádigas, pelos Fradiguenses que andavam a ganhar a sua vida na Argentina e por subscrições feitas, pelos amigos, nas terras em redor:
Subscrição em Frádigas - 1.202$50
Subscrição vinda da Argentina - 1.240$00 (217 pesos)
Subscrição nas terras em redor - 752$45
Que se recordem também as seguintes datas:
- 02 de Fevereiro 1938, começaram os trabalhos de construção;
- 11 de Fevereiro 1938 foi concluída de paredes;
- 26 de Fevereiro 1938 foi concluído o telhado;
- 06 de Março 1938 foram concluídos os trabalhos de caixilharia, portas, outros trabalhos de carpintaria e acabamento de paredes;
- 22 de Agosto de 1938 é levada a imagem da Nossa Senhora da Boa Sorte para Loriga;
- 24 de Setembro de 1938, o altar da Nª Senhora ficou pronto (custou 800$00).
Desconhece-se como foi escolhida a Nª Senhora da Boa Sorte para Padroeira da nossa Aldeia, sabe-se apenas o que já foi descrito atrás (que a sua imagem chegou a Loriga no dia 22 de Agosto de 1938 e foi levada para Frádigas quando o altar ficou pronto).
Em 09 de Outubro de 1938 foi feita uma Festa de Inauguração da Capela, onde
estiveram o pároco da freguesia de Vide e outros das freguesias vizinhas, que solenemente benzeram a Nª Senhora da Boa Sorte e celebraram missa, acompanhados pela Filarmónica de Loriga (que muito gentilmente cedeu a sua prestação gratuitamente). Foram Mordomos desta Festa os conterrâneos José Manuel Pereira e José Gonçalves.
A Festa de Inauguração rendeu 825$00, perfazendo uma receita total de 3.180$05. Dado que a despesa total da construção da capela foi de 4.175$40, houve um resultado negativo de 195$035, que mais uma vez foi subscrito por alguns Fradiguenses.
Estas verbas eram muito elevadas, para as dificuldades de então e para quem apenas dependia dos trabalhos na agricultura de subsistência (não havia reformas, nem pensões ou subsídios). Um homem ganhava por jorna (por dia de sol a sol) 4$00, mas a força, determinação e persistência dos Fradiguenses fez com que a obra fosse uma realidade.
Como atrás se disse a Capela foi inaugurada em 06 de Outubro de 1938 (curiosamente 9 meses depois do Termo de Abertura). Para o ano que vem (2008) faz 70 anos. Julgo que está “mais do que na altura” para que o Sr. Presidente da Câmara de Seia, que desde 2000 anda a prometer os paralelos necessários para empedrar o recinto da Capela o faça quanto antes, para que este fique em condições adequadas para os fradiguenses, se quiserem, poderem fazer uma Festa Comemorativa dos 70 anos de existência da Capela em Frádigas, com “pompa e circunstância”
31 de Janeiro de 2007
Elisabete Gonçalves
segunda-feira, 21 de março de 2011
O ENSINO EM FRÁDIGAS
O ENSINO PARTICULAR DA FONTANHEIRA E PAVÃO
Foi na Fontanheira que existiu a primeira escola de Frádigas
Ou melhor funcionava de Inverno na Fontanheira , com os alunos de Frádigas, Cova, Giesteira, Fontão e todo o seu Ribeiro.
De Verão o Professor Turcato "marido da ti Ana Margarida" ia habitar no Pavão para cuidar aí as suas terras e ao mesmo tempo aproveitava para dar aulas aos alunos do Aguincho, Malhadinha e Teixeira.
Não se sabe ao certo o número de alunos na Fontanheira, mas no Pavão chegaram a andar na escola 32 alunos
O Professor Turcato aprendeu com os Jesuítas, julgo ter sido discípulo do Jesuíta Galvão que veio habitar a Malhadinha no tempo do nosso antepassado Costas Largas "deste Jesuíta Galvão resta um pequeno Missal parte do mesmo com matemática" e talvez uma família que o desconhece "como antigo jesuíta"
Este missal foi dado ao ti António do Pavão, julgo que por uma neta do antigo Jesuíta como forma de pagamento pelo arranjo de uma palheira talvez há mais de 80 anos lá na Malhadinha. O Filho do ti António do Pavão hoje com perto de 90 anos "último homem a nascer no Pavão" guarda esse Missal religiosamente
A escola era paga em géneros, sabe-se que se dava uma ovelha para a primeira parte dos estudos "aprender contas e saber assinar" este curso era o mais frequente,
dava-se uma segunda ovelha ou equivalente para aprender a ler e a escrever
DEPOIS DE ACABADO O ENSINO PARTICULAR DA FONTANHEIRA
O ENSINO OFICIAL
Os alunos de Frádigas tinham a escola só na Barriosa e eram obrigados a percorrer 6km (ida e volta) diários a pé , em condições no mínimo perigosas, atravessavam o rio ( Um dos alunos filho da tia Maria José Martins do Outeiro caiu na broca da Barriosa e morreu , apesar de procurado por mergulhadores , as buscas foram em vão (só veio á tona da àgua passados 12 dias.)
O Posto escolar misto das Frádigas foi criado em 1957/58.(disponibilizada uma professora)
A escola (salão) foi construida pelos Fradiguenses
Foi necessário um espaço para aí se construir a primeira escola digamos oficial.
Lembro-me de ver em casa de meus pais uma carta enviada da Argentina por minha tia materna Maria da Nactividade Martins onde declarava doar o terreno (lote) para contruirem a escola nessa propriedade onde veio a ser contruida digamos o 1º Posto escolar oficial de Frádigas (foi no lugar onde hoje é o salão no Outeiro).
Devo acrescentar que na altura os Fradiguenses souberam ver o futuro
Não fazendo a escola (salão) no terreno existente (largo da capela) anteriormente ofertado pelo pelos meus avós, os país desta minha tia.
Como os bons Fradiguenses não gostam de perder as oportunidades, e antes que os Sr.es da Direção escolar de Seia mudassem de ideia em relação ao envio de um professor
Logo o TiCândido António dos Santos e sua mulher Hermía disponibilizaram sua casa em construção da qual tiveram de retirar umas divisórias já feitas para que todo o espaço ficasse amplo para poder receber professora e alunos até que se concluissem as obras da escola (salão) no Outeiro.
A ESCOLA OFICIAL A SÉRIO
Em 1962 foi construida a escola pelo Ministério da Educação,(esta com terreno "lote" já negociado pela Delegação do Ministério da Educação ) escola essa hoje ao abandono "por falta de alunos" como tantas no País.
Antes do seu encerramento de vez, teve várias ameaças de fecho pelo mesmo motivo... falta de alunos.
Recordo e julgo ter sido no ano de 1964 que três casais Fradiguenses resolvem matricular seus filhos em Frádigas para assim se completar o numero suficiente de alunos para se manter a escola em funcionamento.
Estes três alunos vaem para Frádigas e ficam encarregues aos seus mais proximos ,avós e tios.
António Neves Ti Caramelo e sua mulher (hoje já falecida), mandam para Frádigas seu filho António.
António Garrilha e mulher (ambos hoje já falecidos) mandam para Frádigas seu filho Carlos
Maria da Conceição Martins e seu marido ( hoje já falecido) mandam para Frádigas seu filho António
Apelo aos organismos publicos; Liga dos Amigos de Frádigas, Junta de Freguesia e Camara Municipal de Seia, para que saibam reconhecer o mérito destes e de outros que muito de seu deram em plol da comunidade
Eu deixo aqui o meu bem haja de agradecimento e minha vontade de contribuir para o seu reconhecimento
Antes do seu encerramento de vez, teve várias ameaças de fecho pelo mesmo motivo... falta de alunos.
Recordo e julgo ter sido no ano de 1964 que três casais Fradiguenses resolvem matricular seus filhos em Frádigas para assim se completar o numero suficiente de alunos para se manter a escola em funcionamento.
Estes três alunos vaem para Frádigas e ficam encarregues aos seus mais proximos ,avós e tios.
António Neves Ti Caramelo e sua mulher (hoje já falecida), mandam para Frádigas seu filho António.
António Garrilha e mulher (ambos hoje já falecidos) mandam para Frádigas seu filho Carlos
Maria da Conceição Martins e seu marido ( hoje já falecido) mandam para Frádigas seu filho António
Apelo aos organismos publicos; Liga dos Amigos de Frádigas, Junta de Freguesia e Camara Municipal de Seia, para que saibam reconhecer o mérito destes e de outros que muito de seu deram em plol da comunidade
Eu deixo aqui o meu bem haja de agradecimento e minha vontade de contribuir para o seu reconhecimento
domingo, 20 de março de 2011
BARRIOSA-VIDE-SEIA
Barriosa
Tem o poço da broca
a Rasa e muito pinheiro
tem cantinhos escondidos
Fôjo, Horta e Polvreiro
Muitos homens viu nascer
deixando-os bem na memória
da honra destes seus homens
faz parte a sua história
Num outeirinho lá está
esta aldeia encantada
muita gente viu partir
mas não está abandonada
Com o rio Alvôco a seus pés
correndo entre salgueiros
cantando de pedra em pedra
versos de cancioneiros
Tem a sua capelinha
com seu Santo Padroeiro
a olhar pelos seus filhos
em Portugal e no Estrangeiro
O Santo que foi escolhido
para o povo venerar
Santo António de Lisboa
para todos acompanhar
Santo António lá está
nesta terrinha formosa
a aldeia de meu avô
a airosa BARRIOSA
CjM
Frádigas,14/08/2009
Fontão - Loriga - Seia
Fontão, quase abandonado
Aldeia muito acolhedora
Pertence à freguesia de Loriga
Esta terra de gente trabalhadora
Aqui nasceu meu bisavô
na encosta do ribeiro
foi morar na fontanheira
tendo casado lá primeiro
Nossa Senhora da Ajuda
lá no alto do Fontão
olha por todos os filhos
desta aldeia e da Nação
Frádigas CjM
BALOCAS-VIDE-SEIA,
Unida pelos dois povos,
cada um com suas façanhas,
linda aldeia de Balocas.
Vivendo no teu sossego,
homens (outrora) mestres no emprego,
de assentar pedras e lascas.
Homens de honra tu tiveste
no tempo por mim passado
Hoje não sei se assim é
há muito não te visito
espero não tenhas mudado
20/03/2011
Frádigas CjM
sábado, 19 de março de 2011
GERAÇÃO À RASCA
(GERAÇÃO À RASCA)
Muitos pais fizeram das tripas coração, outros deslumbrados com a sua melhor condição de vida deram aos seus meninos tudo começando na liberdade sem responsabilidade, a maioria desses pais começaram a trabalhar ainda em crianças, conquistaram a sua liberdade com o seu trabalho. Aos seus filhos deram carta de condução, carro, deposito cheio para as noitadas, dinheiro, roupas de marca etc~etc
Podemos dizer que nunca existiu uma geração como esta, privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca se exigiu tão pouco aos seus jovens como a esta (agora à rasca)
Estaria tudo bém se não viesse a crise, aí os ordenados começam a falhar, vem o desemprego e enfim é o que se vê , a galinha dos ovos doiro deixou de os pôr
Os pais à rasca não vão ao teatro, cinema, concertos, restaurantes etc. etc., mas os seus meninos ainda continuam a encher discotecas, coliseus, pavilhões atlantico e a fazer as festinhas de aniversário com os amiguinhos em restaurantes (onde nem os pais podem festejar com os seus rebentos)
Os filhos não abdicam de nada (não foram abituados abdicar)
Os pais contam os trocos para os recibos da água e luz , os filhos dão-lhes mais a conta da internet (por onde andam mas pouco aprendem) e do telemóvel
Os pais à rasca (antes contentes com os possiveis cursos de seus filhos ) veem agora que o NÃO aos seus rebentos lhes fez falta.
Veem que seus rebentos adquiriram vícios pelo consumismo, pelo supérfluo e são insaciáveis
Hoje podemos dizer que temos uma geração de doutores, engenheiros, etc.etc.
Mas será que podemos dizer que estão preparados?!!! Jovens que mal falam ou pouco nos dizem, uma geração que teve acesso à informação sem que isso signifique
que é informada.
Não há regra sem exceção existem sim umas duzias de bem formados (preparados)
Temos agora uma geração que se apercebeu que não manda no mundo, talvez agora queira ditar regras à sociedade como as ditou em casa dos pais e as foi
ditando na escola, por vezes sem maneiras
Há duas Gerações à rasca;
Sim a geração dos pais que sofrerem, mas educaram os seus meninos
dando-lhes tudo e escondendo-lhes a verdade da vida
Os filhos que nunca foram ensinados a receber um não e a lidar com frustrações.
A ironia é os meninos que se dizem "e estão" à rasca são os que mais tiveram.
Temos agora uma geração de pais frustrados (à rasca)
Com filhos qualificados , mal abituados (à rasca)
Isto é simplesmente o meu pensamento
Ótimo ínicio de Primavera para todos/as
Frádigas CjM
MORCELA DE FRÁDIGAS COZIDA COM GRELOS
Uma refeição simples
Uma morcela, grelos de nabo e de couve galega. Os de nabo são sempre mais amargos que os de couve, ou seja amarujam um pouco
Resolvi lembrar uma receita de Frádigas em que os grelos teem o devido protagonismo. Decidi cozer uma morcela "por não ter um morcilho"de Frádigas e acompanhar com grelos cozidos.
Os grelos e morcela são simplesmente cozidos em água temperada com pouco sal.
Sirva os grelos temperados com um bom fio de azeite com a morcela cortada às rodelas ou corte ao meio para dois
Muito bom apetite
DIA DO PAI
DIA DO PAI
por Cândido José Turing Martins a Sábado, 19 de Março de 2011 às 11:08
Em Portugal, é hoje dia de São José que também se comemora o dia do pai.
Em Frádigas até finais da década de 1960, este dia era DIA SANTO DE GUARDA
Ou seja dia obrigatório de descanço, os Josés festejavam abrindo as suas adegas aos parceiros e não só
Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho.
No Brasil, é comemorado no segundo domingo de Agosto.
Outros Países celebram o dia do pai noutros dias
Eu infelizmente já não tenho o meu
Embora meu pai tivesse vivido até perto dos 99 anos
mas a partida, a falta é sempre dolorosa.
Sei que meu pai viveu feliz e isso me tranquiliza
Hoje desejei homenagia-lo perante todos vós;
Como pai que foi, como exemplo de marido, como homem
Meu pai foi durante a sua vida terrena um homem umilde mas com grande dignidade
Agradeço-lhe do fundo do meu ser o ensinamento que me deu com seus exemplos no dia a dia
Sinto-me feliz com sua presença em mim meu pai
Bem haja
A todos os pais deixo os meus parabens
A todos os filhos um conselho; amem, estimem e sobre tudo respeitem os vossos pais
Há um ditado que diz;
Filho és, pai serás, conforme fizeres, assim acharás
Feliz dia do pai para todos/as
quinta-feira, 17 de março de 2011
Miscaros á moda das Frádigas.
Miscaros à moda das Frádigas.
Depois de analizar bem se os miscaros são comestiveis, limpos e bem lavados
Deita-se numa frigideira um pouco de azeite, duas ou três cebolas cortadas em meia lua,
dois dentes de alhos esmagados duas folhas de louro e um pouco de sal,
Deixe alourar ou para não fazer tanto mal junte os miscaros os maiores cortados à mão "espedaçados"e é so deixar apurar
Pode acompanhar este refugado com batata cozida e grelos de couve ou nabia."receita antiga"
Pode como petisco acompanhar este refugado só com broa, "receita para o copo"
Pode tambem acompanhar este refugado com massas "receita jovem"
Pode também juntar a este refugado um pouco de agua e de arroz "arroz de miscaros à antiga"
Ou pode simplesmente acompanhar este refugado com arroz branco
Sopa de miscaros antiga
Numa panela com agua a ferver deitar um pouco de sal ,os miscaros bem limpos cortados em quatro , batata cortada aos cubos, uma cebola picada e cotovelinhos ,deixar cozer tudo até a batata ficar quase a desfazer dois minutos antes de apagar o lume deite azeite do bom e em abundância
Atenção:
Já houve intoxicações em Frádigas com miscaros
Depois de analizar bem se os miscaros são comestiveis, limpos e bem lavados
Deita-se numa frigideira um pouco de azeite, duas ou três cebolas cortadas em meia lua,
dois dentes de alhos esmagados duas folhas de louro e um pouco de sal,
Deixe alourar ou para não fazer tanto mal junte os miscaros os maiores cortados à mão "espedaçados"e é so deixar apurar
Pode acompanhar este refugado com batata cozida e grelos de couve ou nabia."receita antiga"
Pode como petisco acompanhar este refugado só com broa, "receita para o copo"
Pode tambem acompanhar este refugado com massas "receita jovem"
Pode também juntar a este refugado um pouco de agua e de arroz "arroz de miscaros à antiga"
Ou pode simplesmente acompanhar este refugado com arroz branco
Sopa de miscaros antiga
Numa panela com agua a ferver deitar um pouco de sal ,os miscaros bem limpos cortados em quatro , batata cortada aos cubos, uma cebola picada e cotovelinhos ,deixar cozer tudo até a batata ficar quase a desfazer dois minutos antes de apagar o lume deite azeite do bom e em abundância
Atenção:
Já houve intoxicações em Frádigas com miscaros
quarta-feira, 16 de março de 2011
1º GUERRA MUNDIAL, DE FRÁDIGAS PARTIRAM TRÊS PRIMOS DIREITOS ENTRE SI
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.
CRONOLOGIA DA PARTICIPAÇÃO DE FRÁDIGAS NA
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.
A DEFESA DAS COLÓNIAS DE ÁFRICA, DE 1914 A 1920
Forças expedicionárias a caminho de África, "Angola" 11 de Setembro de 1914
Nesta expedição iria ANTÓNIO MARTINS um dos três primos Fradiguenses
1 de Outubro 1914
As forças expedicionárias do comando de Alves Roçadas desembarcam em Moçamedes, no Sul de Angola. A força era composta de 1 batalhão de infantaria, 1 pelotão de metralhadoras, 1 bateria de artilharia e 1 esquadrão de cavalaria.
Junho de 1915
O governo português pretende que se reocupe Quionga em Moçambique, ocupada pelos alemães em 1894, e se invadisse o território da África Oriental Alemã
Nesta reocupação a Quionga estaria JOSÉ JOÃO um dos três primos que também andou nas campanhas de França
Em Março de 1916, apesar das tentativas da Inglaterra para que Portugal não se envolvesse no conflito, o antigo aliado português decidiu pedir ao Estado português o apresamento de todos os navios germânicos na costa lusitana.
Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal pela Alemanha, a 09/03/1916 (apesar dos combates em África desde 1914).
O terceiro Primo, JOSÉ DAS NEVES, desde o início sempre se manteve em França embora tivesse passado por Flandres "Norte da Bélgica"
Ainda recordo uma das suas histórias
Certo dia depois de um confronto onde os aliados sofreram grandes baixas...
Dizia o TZÉ DAS NEVES:
-Eu e um outro soldado fugindo trepamos para uma laranjeira onde só viamos os nossos mortos e o inimigo roubando aquilo que alguns tinham... olha rapaz dizia-me ele ; eu estava sentado em cima de um espinho daqueles da laranjeira, o sangue escorria mas olha que eu não me mexia , a minha aflição era que dessem conta de nós pelo sangue que se escapava para o chão.
Felizmente estes três primos regressaram sãos e salvos a Frádigas
Todos eles nascidos em 1893
José das Neves, Nas Barreiras -Frádigas, na actual casa de Serafim Martinho e Ivone
António Martins, No Outeiro -Frádigas, na actual casa da Cristina "casa do forno do Outeiro"
José João, Na Quinta Nova - Frádigas, na actual casa de Rui Freire e irmãos "casa da mercearia e taberna"
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sexta-feira, 11 de março de 2011
Assunto: DESERTIFICAÇÃO DE FRÁDIGAS
Assunto: DESERTIFICAÇÃO DE FRÁDIGAS
Na página da LAF
Diz a página inicial:-Frádigas atravessa na actualidade o problema de todo o interior: a desertificação. A falta de meios de subsistência obrigou a maioria a partir para outras paragens. Nos anos 30 foi a migração para a Argentina e Brasil e mais tarde nos anos 60 para a Europa e a maioria para a zona da grande Lisboa, onde na actualidade se encontra radicada uma grande comunidade, muitos deles empresários na área da restauração.
Assunto: DESERTIFICAÇÃO DE FRÁDIGAS
ENVIEI ESTA RESPOSTA:
É certo que Frádigas sofreu ao longo dos tempos desse grave problema ; a desertificação a primeira para o Brasil não em 1930 mas ainda nos finais do séc.XIX sairam de Frádigas,,, Cova, Fontanheira e de todo o Ribeiro do Fontão dezenas de homens , de alguns nada se sabe, outros acabaram por fazer lá o seu reagrupamento familiar, pais que levam filhos, filhos que já levam netos "isto sim nos anos 20"A primeira migração do Brasil começa por regressar à Cova e Fontanheira alguns só de férias ainda por volta de 1902/03
A partir de 1930 os Fradiguenses residentes no Brasil eram poucos e os poucos que eram por lá ficaram ,,,Assim como a partir de 1945 os que continuaram na Argentina também por lá ficaram
Tenho visto que o numero dos visitantes a este sítio é bastante grande
Embora seja gente de poucas palavras pelo que se vê
Fradigas CjM
quinta-feira, 10 de março de 2011
Carnaval em Frádigas
Quando eu era criança o Carnaval em Frádigas era diferente
Até o nome o era, chamava-se de Entrudo
Nas Frádigas o dia de Entrudo era um dia de brincadeira, um dia de ultrapassar certas barreiras, um dia também ele de convivio familiar,
Era nesta quadra que as comadres e compadres, irmãos e cunhados etc, se reunião para comer o para mim melhor do tradicional fomeiro Fradiguense "o bucho"
Havia também os mascararados normalmente Vindos do Aguincho e Vasco Esteves que se juntavam aos de Frádigas e nos animavam com o atrevimento de suas brincadeiras
O ponto alto do Carnaval era o enterro do Entrudo e o bailarico que teria de acabar antes das 24 horas, sim porque a partir das 24 entrava-mos na quaresma
e durante a quaresma não se podia dançar ou cantar
quarta-feira, 9 de março de 2011
Juventude e Quaresma em Frádigas
Até ao fim da década de 1960 em Frádigas
Na Quaresma não se dançava , não se cantava, nem sequer se ouvia musica, daí a juventude recorrer a outras brincadeiras para passar o Domingo.
O jogo da pucarinha ou do cantaro, "em que o tramado era o dono/a do cantaro" sim porque normalmente ficava sem ele.
A BRINCADEIRA COMEÇAVA COM UMA GRANDE FILA DE JOVENS
Era sempre o da frente a mandar o cantaro para o seguinte da fila "isto de costas para ele" e logo correndo para traz da fila e assim se davam várias voltas ao povo até que o cantaro caísse no chão esmigalhado, se se arranja-se outro cantaro a brincadeira continuava por vezes até partia a cabeça a um mais distraido. Havia também o jogo do grilo também em fila dando também várias voltas ao povo, o jogo das prendas "prendinhas" e tantos outros .
Hoje Quarta feira de cinzas começa a Quaresma tempo de sairmos do nosso comodismo e ofereçer aquilo que nos sobra "e não só sobra" aos mais carentes, carentes de companhia,de atenção, de afecto e de ajuda.
Na Quaresma não se dançava , não se cantava, nem sequer se ouvia musica, daí a juventude recorrer a outras brincadeiras para passar o Domingo.
O jogo da pucarinha ou do cantaro, "em que o tramado era o dono/a do cantaro" sim porque normalmente ficava sem ele.
A BRINCADEIRA COMEÇAVA COM UMA GRANDE FILA DE JOVENS
Era sempre o da frente a mandar o cantaro para o seguinte da fila "isto de costas para ele" e logo correndo para traz da fila e assim se davam várias voltas ao povo até que o cantaro caísse no chão esmigalhado, se se arranja-se outro cantaro a brincadeira continuava por vezes até partia a cabeça a um mais distraido. Havia também o jogo do grilo também em fila dando também várias voltas ao povo, o jogo das prendas "prendinhas" e tantos outros .
Hoje Quarta feira de cinzas começa a Quaresma tempo de sairmos do nosso comodismo e ofereçer aquilo que nos sobra "e não só sobra" aos mais carentes, carentes de companhia,de atenção, de afecto e de ajuda.
domingo, 6 de março de 2011
Matança do porco em Frádigas CARNAVAL
Eu por motivos de dieta este ano tive de fazer abstinencia
Com muita pena minha claro
O já sacrificado
Chegou a Frádigas no sábado pela madrugada
O povo ainda meio adormecido espreitou pelas vidraças ainda embaciadas
aí vai ele e olha que é bem grande...este ano não vamos passar fome
outro; mas tão grande para quê...isto é uma estragação
Por volta das 12 horas as grelhas já estavam com o braseol pronto a receber aqueles pedaços do sacrificado
Dizia um ; o lume ainda ainda está muito forte
Dizia outro; agora é que está bom
Apareceu outro que disse; então ainda não puseram o sacrificado assar estão a ver que o braseol está apagar
ÀS 13HORAS O SINO DEU AS BADALADAS
OS CONVIVAS FURAM POR ALI E ALÉM E FINALMENTE ESTÃO SENTADOS À MESA
Comentavam uns que o sacrificado era muito gordo, diziam outros que era magrito
Diziam uns que as alfaces da salada eram da vinha , outros diziam ser do olival
perguntava outro; será que o vinho e o azeite são do alfaçal
O enviado comentador diz a partir daqui não se lembrar de mais nada ... lembra-se sim de ouvir dizer que o vinho era bom e ele ter confirmado com uma forte vénia "abanão de cabeça"
Com muita pena minha claro
O já sacrificado
Chegou a Frádigas no sábado pela madrugada
O povo ainda meio adormecido espreitou pelas vidraças ainda embaciadas
aí vai ele e olha que é bem grande...este ano não vamos passar fome
outro; mas tão grande para quê...isto é uma estragação
Por volta das 12 horas as grelhas já estavam com o braseol pronto a receber aqueles pedaços do sacrificado
Dizia um ; o lume ainda ainda está muito forte
Dizia outro; agora é que está bom
Apareceu outro que disse; então ainda não puseram o sacrificado assar estão a ver que o braseol está apagar
ÀS 13HORAS O SINO DEU AS BADALADAS
OS CONVIVAS FURAM POR ALI E ALÉM E FINALMENTE ESTÃO SENTADOS À MESA
Comentavam uns que o sacrificado era muito gordo, diziam outros que era magrito
Diziam uns que as alfaces da salada eram da vinha , outros diziam ser do olival
perguntava outro; será que o vinho e o azeite são do alfaçal
O enviado comentador diz a partir daqui não se lembrar de mais nada ... lembra-se sim de ouvir dizer que o vinho era bom e ele ter confirmado com uma forte vénia "abanão de cabeça"
sábado, 5 de março de 2011
É assim o sentimento do amor
União ou fortaleza
muralhas impenetráveis
Junção de almas carentes
corações inseparáveis
Cordas que tocam em timbre
em armónia sintonia
Como o som de belas vozes
saídas da telefonia
Anjos que voam com trombetas
entuando canticos de alegria
Ouvindo sons gloriosos
é o amor no dia a dia
Há paz entre os que se amam
Há confiança não há dor
Há esperança em quem ama
É assim o sentimento do amor
terça-feira, 1 de março de 2011
HOMENS COM H
Falando dos antigos Homens descendentes da Quinta das Fradegas, é falar de homens honrados, é falar de homens honestos, com coerência de valores, enfim Homens justos .
Quem os conheceu ainda na década de 1960 sabe do que falo
Muitos desses homens percorreram as Américas, Europa e até Africa
Partilharam suas experiências nunca com o valorismo que muitos deles sei que tiveram, mas com a umildade de que sempre foram possuidores
Sua honra era sua maior riqueza, sua honestidade era provada no dia a dia
poderia haver ouro caído no chão "perdido" para esses homens tinha dono
A palavra dada era mais do que uma declaração assinada nos dias de hoje
Estou a falar claro dos antigos Homens descendentes da Quinta das Fradegas e outros que se lhe juntaram pelo casamento
PARABÉNS
Como outras terras no País; Frádigas também não conseguio dar subsescistência a todos os seus filhos, tendo alguns deles óptado pela Emigração ainda no final do séc.xix até 1928 para o Brasil até 1940 para a Argentina a partir daí para Lisboa para onde se deslocavam inicialmente homens já casados que deixavam suas mulheres e filhos em Frádigas, na sua grande maioria estes homens fizeram pequenas campanhas na Capital os que ficaram acabaram por mais tarde fazer deslocar também para a Capital suas mulheres e filhos. A partir da década de 1950 outro tipo de deslocação se dá para a Caoital esta a mais importante e também a mais agressiva não só pelo número que abrangeu; mas também pela fragilidade destes deslocados que abandonando a aldeia que os viu nascer e o calor da família a grande maioria ao terminar a 4ª classe começaram em Lisboa uma vida totalmente imaginável para eles, alguns apoiados por irmãos mais velhos que lhe davam como incentivo a melhoria de vida que puderiam proporcionar aos seus pais e irmãos mais novos lá em Frádigas. Estes miúdos que não tiveram tempo de o ser ou como diz Soeiro Pereira Gomes na dedicatória de "Os Esteiros", "Filhos dos homens que nunca foram meninos", mas trabalharam com garra lutaram com determinação e grande maioria conseguiu vencer a indiferença, a desigualdade, a saudade e com a dignidade que traziam nas suas entranhas conseguiram uma vida melhor quer para eles quer para os seus. As Frádigas pode ter orgulho nestes seus filhos que a abandonaram como uma malita ao ombro a caminho da capital, mas estas crianças que não tiveram a oportunidade de estudar já deram a Frádigas doutores, engenheiros, enfermeiros, contabilistas, compositores, desenhadores, advogados, músicos etc, etc... Este ano são pelo menos mais duas as finalistas, com a benção das fitas a 16/05/2009. Parabéns á Srª Enfermeira e á Srª Engenheira Química e a todos os outros já formados e não só. QUE SEJAM SEMPRE FELIZES | |
Data: | 13/5/2009 |
CANTINHO DE FRÁDIGAS
Quando na vida não temos
paixão por coisa alguma
é sinal que nossa mente
quase quase nos desmente
mas não vê coisa nenhuma
Há na vida muita coisa
entre elas a paixão
mexe conosco por dentro
quase quase como lamento
pega fogo ao coração
Tudo na vida queremos
esperamos conseguir
é bom ambicionar
ter gosto, saber conquistar
sem outras almas ferir
Frádigas 08/12/2010
BARRIOSA
Barriosa
Tem o poço da broca
a ráza e muito pinheiro
tem cantinhos escondidos
o fôjo, horta e polvreiro
muitos homens viu nascer
deixando-os bém na memória
da honra destes seus homens
faz parte a sua história
num outeirinho lá está
esta aldeia encantada
muita gente viu partir
mas não está abandonada
com o rio Alvôco a seus pés
correndo entre salgueiros
cantando de pedra em pedra
versos de cancioneiros
tem a sua capelinha
com seu Santo Padroeiro
a olhar pelos seus filhos
em Portugal e no estrangeiro
o Santo que foi escolhido
para o povo venerar
Santo António de Lisboa
para todos acompanhar
Santo António lá está
nesta terrinha formosa
a aldeia de meu avô
a airosa BARRIOSA
CjM
Frádigas,14/08/2009
a ráza e muito pinheiro
tem cantinhos escondidos
o fôjo, horta e polvreiro
muitos homens viu nascer
deixando-os bém na memória
da honra destes seus homens
faz parte a sua história
num outeirinho lá está
esta aldeia encantada
muita gente viu partir
mas não está abandonada
com o rio Alvôco a seus pés
correndo entre salgueiros
cantando de pedra em pedra
versos de cancioneiros
tem a sua capelinha
com seu Santo Padroeiro
a olhar pelos seus filhos
em Portugal e no estrangeiro
o Santo que foi escolhido
para o povo venerar
Santo António de Lisboa
para todos acompanhar
Santo António lá está
nesta terrinha formosa
a aldeia de meu avô
a airosa BARRIOSA
CjM
Frádigas,14/08/2009
FRÁDIGAS ESPELHO DO PAÌS
FRÁDIGAS ESPELHO DO PAÍS
Frádigas fica entre montes
bém escondida num vale
é uma das terras mais lindas
deste nosso Portugal
bonita aldeia de Frádigas
a seus pés o rio Alvôco
uma terra pequenina
com grande alma o seu povo
terra muito acolhedora
terra muito ordenáda
aldeia que foi uma quinta
ésta minha terra amada
lá nasci eu e meus pais
e também os meus avós
temos lá a Padroeira
que proteje todos nós
Srª da Boa Sorte
que lá está no Outeiro
olhando por todos nós
em Portugal e no Estrangeiro
tem capelinha pequena
com adros todos cercados
com pedrinhas lá da terra
lembrança dos antepassados
tem moinhos junto ao rio
onde se muia o grão
de onde vinha a farinha
para depois fazer o pão
tem forno comunitário
feito pelos antepassados
que sendo pessoas simples
eram homens muito honrados
tem uma pequenina escola
há anos abandonada
é o símbulo do saber
duma gente despresada
esta pequena aldeia
em tempos produzio pão
para alimentar seus filhos
na altura duzentos então
hoje aquilo que produz
quase não chega para nada
a Nação assim o quiz
é uma terra abandonada
Frádigas deve a seu povo
a estrada que lá tem
e outros melhoramentos
ao povo deve também
o poder lá pouco fez
como em todo o País
Frádigas é o exemplo
doutras terras por aí
não criando condições
fica tudo ao abandono
se não se tomam dessizões
nem o País tem retorno
desculpem eu falar disto
mas custame deixar ir
o País às cambalhotas
sem lhe poder acudir
amo ambas por igual
fazem parte do País
Português é minha língua
Frádigas minha raíz
a minha aldeia de Frádigas
que na Serrinha lá está
sempre de braços abertos
à espera de quem lá vá
CjM
Frádigas 16/09/09
bém escondida num vale
é uma das terras mais lindas
deste nosso Portugal
bonita aldeia de Frádigas
a seus pés o rio Alvôco
uma terra pequenina
com grande alma o seu povo
terra muito acolhedora
terra muito ordenáda
aldeia que foi uma quinta
ésta minha terra amada
lá nasci eu e meus pais
e também os meus avós
temos lá a Padroeira
que proteje todos nós
Srª da Boa Sorte
que lá está no Outeiro
olhando por todos nós
em Portugal e no Estrangeiro
tem capelinha pequena
com adros todos cercados
com pedrinhas lá da terra
lembrança dos antepassados
tem moinhos junto ao rio
onde se muia o grão
de onde vinha a farinha
para depois fazer o pão
tem forno comunitário
feito pelos antepassados
que sendo pessoas simples
eram homens muito honrados
tem uma pequenina escola
há anos abandonada
é o símbulo do saber
duma gente despresada
esta pequena aldeia
em tempos produzio pão
para alimentar seus filhos
na altura duzentos então
hoje aquilo que produz
quase não chega para nada
a Nação assim o quiz
é uma terra abandonada
Frádigas deve a seu povo
a estrada que lá tem
e outros melhoramentos
ao povo deve também
o poder lá pouco fez
como em todo o País
Frádigas é o exemplo
doutras terras por aí
não criando condições
fica tudo ao abandono
se não se tomam dessizões
nem o País tem retorno
desculpem eu falar disto
mas custame deixar ir
o País às cambalhotas
sem lhe poder acudir
amo ambas por igual
fazem parte do País
Português é minha língua
Frádigas minha raíz
a minha aldeia de Frádigas
que na Serrinha lá está
sempre de braços abertos
à espera de quem lá vá
CjM
Frádigas 16/09/09
VIDE
Vide
Vide minha freguesia
seu nome vem da videira
tem Nossa Senhora da Assunção
como sua Padroeira
nas margens da ribeira de Alvôco
fica esta aldeia formosa
tem gente que eu estimo
gente muito calorosa
tem um lagar bém antigo
que há-de ser um Museu
para que os Videnses no futuro
saibam como o povo viveu
tem lá no alto o Calvário
tem cá em baixo a Igreija
onde os peregrinos dos povos
vaêm rezar à Padroeira
esta terra bém antiga
em tempos teve rebanhos
e era da lã e do leite
que os Videnses tinham os ganhos
era mesmo na canada
no tempo da trasomância
que passavam os rebanhos
para o pasto em abundância
e rebanhos vinham de longe
para na serra entrar
pagavam 50 reis por ovelha
mas Loriga é que ficava a ganhar
Antes teve um Capitão Mór
que era o Senhor Vinhais
numa quinta com jardins
fazia os seus arraiais
nasceu gente importante
nesta minha Freguesia
padres,ministros e doutores
e homens de sabedoria
em Vide passou Dom Diniz
nosso Rei de Portugal
se a perdiz quiz comer
em Vide teve de depenar
Vide teve pelourinho
pois em tempos foi Conselho
com leis próprias da terrinha
com prisão que era um cortelho
casas com paredes falsas
em tempos houve na Vide
para esconder os alimentos
para que caca os não vísse
houve lutas bém sangrentas
na ponte velha entre Cacas e Brandão
os Cacas andavam pelos montes
roubando aos povos o pão
esta freguesia abandonada
em tempos produziu pão
para alimentar seus filhos
em tempos mais de três mil então
Vide sede de freguesia
com vinte e oito terrinhas
hoje quase abandonadas
foram embora suas gentinhas
amo ésta Freguesia
pois faz parte do meu ser
e era neste cantinho
que gostava de viver
CjM Frádigas
19/10/2009
seu nome vem da videira
tem Nossa Senhora da Assunção
como sua Padroeira
nas margens da ribeira de Alvôco
fica esta aldeia formosa
tem gente que eu estimo
gente muito calorosa
tem um lagar bém antigo
que há-de ser um Museu
para que os Videnses no futuro
saibam como o povo viveu
tem lá no alto o Calvário
tem cá em baixo a Igreija
onde os peregrinos dos povos
vaêm rezar à Padroeira
esta terra bém antiga
em tempos teve rebanhos
e era da lã e do leite
que os Videnses tinham os ganhos
era mesmo na canada
no tempo da trasomância
que passavam os rebanhos
para o pasto em abundância
e rebanhos vinham de longe
para na serra entrar
pagavam 50 reis por ovelha
mas Loriga é que ficava a ganhar
Antes teve um Capitão Mór
que era o Senhor Vinhais
numa quinta com jardins
fazia os seus arraiais
nasceu gente importante
nesta minha Freguesia
padres,ministros e doutores
e homens de sabedoria
em Vide passou Dom Diniz
nosso Rei de Portugal
se a perdiz quiz comer
em Vide teve de depenar
Vide teve pelourinho
pois em tempos foi Conselho
com leis próprias da terrinha
com prisão que era um cortelho
casas com paredes falsas
em tempos houve na Vide
para esconder os alimentos
para que caca os não vísse
houve lutas bém sangrentas
na ponte velha entre Cacas e Brandão
os Cacas andavam pelos montes
roubando aos povos o pão
esta freguesia abandonada
em tempos produziu pão
para alimentar seus filhos
em tempos mais de três mil então
Vide sede de freguesia
com vinte e oito terrinhas
hoje quase abandonadas
foram embora suas gentinhas
amo ésta Freguesia
pois faz parte do meu ser
e era neste cantinho
que gostava de viver
CjM Frádigas
19/10/2009
ANO NOVO VIDA NOVA
Hoje último dia do ano
dia que nos despedimos dos amigos
desejando um bom 2010
NÃO ESQUEÇAMOS QUE QUEM VAI FAZER O NOSSO ANO DE 2010 BOM OU MENOS BOM SOMOS NÓS
NÓS que devemos meditar naquilo que nos correu menos bém neste ano que vai findar
NÓS que devemos pensar o que devemos fazer para que 2010 seja um pouco melhor
para nós e para os nossos mais queridos
É MUITO BONITO LER AQUELAS FRASES FEITAS, DE MUITAS COISAS BOAS PARA O PROXIMO ANO
Mas nada vem por acaso, temos que lutar para melhorar nossa vida e dos nossos filhos
temos que lutar para ganhar o suficiente para nossas nessecidades e deles
temos que lutar para arranjar palavras sábias para os educar
Pois nos dias actuais, em que a maldade, o iguismo, o consumismo,as drogas, etc, tomaram conta da nossa sociedade
temos de estar alerta
temos de aprender a saber educar
Amigos seria tudo bém melhor se desejando tudo de bom para os amigos
por si só já fosse um acto consumado,
mas não é assim
E nós sabemos que não é assim
Por isso vamos lutar com unhas e dentes para fazer deste mundo um mundo melhor para nós e para os nossos mais queridos
E não ficamos por aqui neste novo ano de 2010
Vamos dar mais um pouco de contributo para tornar o mundo melhor para o nosso semelhante
É muito simples;
Vamos partilhar só um pouquinho mais este novo ano de 2010
Se cada um de nós quizer só partilhar mais um pouco, não só com béns, mas com amizade, com fraternidade
Vamos ser mais simpaticos , mais carinhosos, mais tolerantes, enfim mais amigos da paz
Agora o meu desejo para todos é que meditem pensem e lutem para que todos os sonhos sejam realidades
quer no campo afetivo
quer no campo munetário
quer no campo educacional
Me desculpem alguma repetição mas escrevi diretamente para aqui o que estava sentindo
Último desejo para todos
Sejam sempre felizes aconteça aquilo que acontecer
MAS PARA SE SER FELIZ TAMBÉM TEMOS DE FAZER POR ISSO
PORTANTO ESTÁ TUDO EM NOSSAS MÃOS PARA ESTE NOVO ANO QUE SE APROXIMA
Novo ano se assim o desejarmos
Eu desejo a todos saúde e muita, muita alegria
dia que nos despedimos dos amigos
desejando um bom 2010
NÃO ESQUEÇAMOS QUE QUEM VAI FAZER O NOSSO ANO DE 2010 BOM OU MENOS BOM SOMOS NÓS
NÓS que devemos meditar naquilo que nos correu menos bém neste ano que vai findar
NÓS que devemos pensar o que devemos fazer para que 2010 seja um pouco melhor
para nós e para os nossos mais queridos
É MUITO BONITO LER AQUELAS FRASES FEITAS, DE MUITAS COISAS BOAS PARA O PROXIMO ANO
Mas nada vem por acaso, temos que lutar para melhorar nossa vida e dos nossos filhos
temos que lutar para ganhar o suficiente para nossas nessecidades e deles
temos que lutar para arranjar palavras sábias para os educar
Pois nos dias actuais, em que a maldade, o iguismo, o consumismo,as drogas, etc, tomaram conta da nossa sociedade
temos de estar alerta
temos de aprender a saber educar
Amigos seria tudo bém melhor se desejando tudo de bom para os amigos
por si só já fosse um acto consumado,
mas não é assim
E nós sabemos que não é assim
Por isso vamos lutar com unhas e dentes para fazer deste mundo um mundo melhor para nós e para os nossos mais queridos
E não ficamos por aqui neste novo ano de 2010
Vamos dar mais um pouco de contributo para tornar o mundo melhor para o nosso semelhante
É muito simples;
Vamos partilhar só um pouquinho mais este novo ano de 2010
Se cada um de nós quizer só partilhar mais um pouco, não só com béns, mas com amizade, com fraternidade
Vamos ser mais simpaticos , mais carinhosos, mais tolerantes, enfim mais amigos da paz
Agora o meu desejo para todos é que meditem pensem e lutem para que todos os sonhos sejam realidades
quer no campo afetivo
quer no campo munetário
quer no campo educacional
Me desculpem alguma repetição mas escrevi diretamente para aqui o que estava sentindo
Último desejo para todos
Sejam sempre felizes aconteça aquilo que acontecer
MAS PARA SE SER FELIZ TAMBÉM TEMOS DE FAZER POR ISSO
PORTANTO ESTÁ TUDO EM NOSSAS MÃOS PARA ESTE NOVO ANO QUE SE APROXIMA
Novo ano se assim o desejarmos
Eu desejo a todos saúde e muita, muita alegria
RELIGIÃO,
RELIGIÃO
Amigos hoje vou falar um pouco de religião
Por estarmos na Quaresma e ser este tempo de reflexão
Amigos esta capelinha de Frádigas foi onde eu fui educado na fé Católica
se me perguntarem se é essa minha religião;
Simplesmente responderei: A minha religião é fazer o bem sem olhar a quem
nesta pequena aldeia de Frádigas terra de uma única família, daqui são descendentes dois padres, uma irmã, e um pastor de almas,
TODOS SÃO FAMÍLIARES ENTRE SI, RESPEITADOS POIS NENHUM ENSINA A FAZER O MAL
Os padres, o padre Freire está em Celorico da Beira, o padre Mendes está em Santarém ,
a irmã julgo que está na Alemanha actualmente, o pastor está em Belém do Pará no Brasil
Pastor Firmino da Anunciação Gouveia, foi o responsavel em BELÉM do envio de mais de 500 missíonários para o Mundo.
Amigos falei nestes homens da religião, para verem como até uma aldeia de família, cada um segue seu rumo, importante é que seus rumos sejam na vertente do bem
A mim pouco me importa se aquele ou o outro é Cristão, Mulçumano, Budista ou ateu
O importante é se seu comportamento na vida perante seu semelhante é um comportamento digno
Amigos sejam desta ou daquela religião, bom é amarem o proximo, bom é partilhar, alegrar, estimar
NÃO É IMPORTANTE SE É DESTE OU DAQUELE CREDO RELIGIOSO
PENSEM NISTO AMIGOS NESTA QUADRA DE REFLEXÃO
TENHAM COMO SENHA DE RELIGIÃO O BEM
POIS COM ELE SE MOVEM MONTANHAS
AMEM O VOSSO VIZINHO
AJUDEM AQUELE QUE PRECISA quer de bens materias quer de conforto (carinho) que tantas vezes a muitos faz falta
TENTEM CRIAR UM ESPIRITO SANTO DENTRO DE VÓS
DESABAFANDO
Minha mãe N. Janeiro 1913 F. Dezembro 1987
Meu pai N. Junho 1908 F. Abril 2007
EMBORA MUITO UMILDES FORAM MUITO FELIZES E FIZERAM E CONTINUAM A FAZER OUTROS TAMBÉM FELIZES
Desabafando
Um homem sem ter motivo
para a vida enfrentar
tem que ter muito cuidado
para nela não tropeçar
Se no comboio houve alguém
que lhe deu um empurrão
mostre na cara um sorriso
e de-lhe um aperto de mão
Repare no dia a dia
muitos deixa de viver
vivendo na escoridão
sem o dia amanhecer
Se logo pela manhã
não soubermos entender
a búzina do automobilista
que nos parece ofender
Se voce der um sorriso
sem malícia mas perdão
será muito mais feliz
do que dar um palavrão
Se não souber perdoar
e logo se chatear
o dia corre-lhe mal
no trabalho, em casa e em qualquer lugar
CALOR NA MINHA JANELA
CALOR NA MINHA JANELA
------------------------------------------------
Falta daquela janela
onde olhava por ela
o teu passo animado
Agora que está calor
corro o estoro por pavor
e fico de costas voltado
----------------------------------------------
É o calor do verão
parecendo quase maldição
mas normal na estação
Muitos esquecendo isso
quase como reboliço
dizem...Meu Deus que ingratidão
--------------------------------------------------- ----
Gosto mais da Primavera
embora não sinta por ela
o mesmo que por ti ...não desminto
Mas é mesmo na Primavera
que corre água na minha janela
lágrimas do amor que por ti sinto
SAUDADE
SAUDADE
Anda saudade comigo
sabes que estou contigo
numa e noutra ocasião
És a memória que restas
que me limas as arestas
duma e doutra recordação
Gosto de ter-te comigo
viver sem ti não consigo
mandas em meu coração
Às vezes quero perder-te
mas com vontade de querer-te
p`ra me dares satisfação ...Ou, estrangulares meu coração
A VIDA É CURTA
A VIDA É CURTA
A vida é uma semana
com dois dias para viver
Porque os outros cinco dias
são para a gente sofrer
Dois dias são de trabalho
outros dois de confusão
um dia é de tristeza
que estrangula o coração
Quando chega o final
que vem vindo devagarinho
não diz nada nem avisa
perde-mos o que ficou p`lo caminho
GENTES DE FRÁDIGAS
Gentes de Frádigas , a maioria já nos abandonou, eram homens e mulheres de grande didnidade.
Que os do futuro saibam criar bons pilares dos bons alicerces que estes que já partiram lhes deixaram
SONHOS PEQUENOS
Os meus sonhos são pequenos
pois grandes são ilusão
concretizando meus sonhos
alegro meu coração
Eu não sonho muito alto
sonho sempre rasteirinho
sonho com comida na mesa
com muito amor e carinho
Sonho com crianças correndo
sempre alegres e com pão
sonho com um mundo diferente
em que todos dão a mão
Sonho às vezes com o impossivel
que não o chegaria a ser
se os homens entendessem
como é bom saber viver
Sonho contigo à noite
sonho contigo acordado
sonho contigo pela aurora
nos sonhos estás a meu lado
Sonhos de pouca ambição
bém recheados de amor
sonhos de compreenção
sonhos com grande sabor
Os sonhos bém acordado
fazem parte do bom saber
se não vivermos os sonhos
não vale a pena viver
Meus sonhos são para viver
por isso eu quero sonhar
se eu sonha-se dormindo
não queria meus sonhos lembrar
São os meus sonhos pequeninos
são os sonhos do meu mundo
são os sonhos que eu vivo
cheios de um amor profundo
Para que sonhar com alturas
se vivemos bém baixinhos
vivamos o dia a dia
até ficarmos velhinhos
Frádigas CjM
JOÃO BRANDÃO "O TERROR DAS BEIRAS"
João Brandão o terror das Beiras
Muitas vezes passou aqui em Frádigas , em perseguição dos cacas que ao fim de contas nada mais eram que um bando de banduleiros que tudo pilhavam por onde passavam .
Falamos do tempo das lutas sangrentas, que se desenrolaram principalmente entre as fações apoiantes dum lado os Miguelistas do outro os Liberais essas lutas que se travaram mais nas Beiras onde os Municípios para mais destabilizar a situação do País contrataram os ditos cacas; estes acabadas as lutas partidárias, não abandonaram estes montes por cá ficaram pilhando e matando .
Recordo um homem do pavão que um dia apareceu no sítio do outeiro onde hoje está a capela, nessa altura aí só havia uma casa , a casa do JOAQUIM MARTINS marido de RITA FREIRE e foi mesmo a ele que o pobre homem veio pedir socorro, e bém alto gritava:- Socorro, socorro, acode-me Joaquim Martins, e foi assim com altos gritos que Joaquim Martins e família acordaram encaminhando-se para a porta o coitado do homem desabafou ; mataram a minha mulher e olha o que me fizeram a mim, e retirando as mãos do ventre as tripas sairam fora, muitas vezes me enterrogo ; como é possível aquele homem ter percorrido cerca de 2km com as tripas na mão por um caminho que nada mais era que o bordo da levada.
Estes cacas "vandalos" que permanesseram por estes montes durante várias décadas,chegados a qualquer sítio onde houve-se galinhas e borregos por aí ficavam até comerem todos os mantimentos; os donos ou caseiros do sítio eram acorralados juntamente com os animais "ovelhas" durante a noite , e durante o dia trabalhavam debaixo de sua guarda, sendo obrigados a falar com alguém que por ali passa-se como se nada estive-se acontecendo, ---------------------cont.
Falamos do tempo das lutas sangrentas, que se desenrolaram principalmente entre as fações apoiantes dum lado os Miguelistas do outro os Liberais essas lutas que se travaram mais nas Beiras onde os Municípios para mais destabilizar a situação do País contrataram os ditos cacas; estes acabadas as lutas partidárias, não abandonaram estes montes por cá ficaram pilhando e matando .
Recordo um homem do pavão que um dia apareceu no sítio do outeiro onde hoje está a capela, nessa altura aí só havia uma casa , a casa do JOAQUIM MARTINS marido de RITA FREIRE e foi mesmo a ele que o pobre homem veio pedir socorro, e bém alto gritava:- Socorro, socorro, acode-me Joaquim Martins, e foi assim com altos gritos que Joaquim Martins e família acordaram encaminhando-se para a porta o coitado do homem desabafou ; mataram a minha mulher e olha o que me fizeram a mim, e retirando as mãos do ventre as tripas sairam fora, muitas vezes me enterrogo ; como é possível aquele homem ter percorrido cerca de 2km com as tripas na mão por um caminho que nada mais era que o bordo da levada.
Estes cacas "vandalos" que permanesseram por estes montes durante várias décadas,chegados a qualquer sítio onde houve-se galinhas e borregos por aí ficavam até comerem todos os mantimentos; os donos ou caseiros do sítio eram acorralados juntamente com os animais "ovelhas" durante a noite , e durante o dia trabalhavam debaixo de sua guarda, sendo obrigados a falar com alguém que por ali passa-se como se nada estive-se acontecendo, ---------------------cont.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
ORIGEM DO NOME FRÁDIGAS
Muito se te falado sobre a origem do nome;
FRÁDIGAS,
Dizia-me um dos homens mais velhos de Frádigas no ínicio dos anos de setenta sentado nas escaleiras "escadas" das barreiras onde muitas vezes alimentava meu espirito com aquelas histórias vividas por ele na Europa e América do Sul;
Sabes isto aqui na quinta, quando meu avô cá chegou era só silvados,fragas, medronheiros e matagal.
No início vinham ranchos de gente lá das bandas de São Gião para desbravar estas terras,
muito muito trabalho aqui tiveram para fazer; estas leiras estes fortes,arrancavam de suas terras pela aurora, e daqui só saiam depois do pôr do sol chegando a suas casas mais mortos do que vivos comentavam uns com os outros a triste sorte de suas vidas, das suas canseiras, das suas labutas enfim das suas fadegas.
Alguns desses casais acabaram por se fixar no Outeiro da Cova,uma vez que o trabalho na Quinta era para durar falava-se em mais de trinta mil dias de trabalho de um homem daqueles tempos.
Mas mesmo estando alí proximos do trabalho as canseiras eram muitas, mas meios resignados lá continuavam o seu dia a dia de canseiras, suspirando uns com os outros; fadegas, fadegas só fradegas.
Quem como eu já tem mais de 54 anos decerto que ainda chegou a ouvir estas expreções aos mais velhos de Frádigas; fadegas , fadegas só fradegas e outra fadigas, fadigas só fradigas
E assim eu julgo ter nascido o nome de Frádigas e da Quinta das Fradegas.
FRÁDIGAS,
Dizia-me um dos homens mais velhos de Frádigas no ínicio dos anos de setenta sentado nas escaleiras "escadas" das barreiras onde muitas vezes alimentava meu espirito com aquelas histórias vividas por ele na Europa e América do Sul;
Sabes isto aqui na quinta, quando meu avô cá chegou era só silvados,fragas, medronheiros e matagal.
No início vinham ranchos de gente lá das bandas de São Gião para desbravar estas terras,
muito muito trabalho aqui tiveram para fazer; estas leiras estes fortes,arrancavam de suas terras pela aurora, e daqui só saiam depois do pôr do sol chegando a suas casas mais mortos do que vivos comentavam uns com os outros a triste sorte de suas vidas, das suas canseiras, das suas labutas enfim das suas fadegas.
Alguns desses casais acabaram por se fixar no Outeiro da Cova,uma vez que o trabalho na Quinta era para durar falava-se em mais de trinta mil dias de trabalho de um homem daqueles tempos.
Mas mesmo estando alí proximos do trabalho as canseiras eram muitas, mas meios resignados lá continuavam o seu dia a dia de canseiras, suspirando uns com os outros; fadegas, fadegas só fradegas.
Quem como eu já tem mais de 54 anos decerto que ainda chegou a ouvir estas expreções aos mais velhos de Frádigas; fadegas , fadegas só fradegas e outra fadigas, fadigas só fradigas
E assim eu julgo ter nascido o nome de Frádigas e da Quinta das Fradegas.
Foi na Fontanheira que existiu a primeira escola de Frádigas
Foi na Fontanheira que existiu a primeira escola de Frádigas
Ou melhor funcionava de Inverno na Fontanheira , com os alunos de Frádigas, Cova, Giesteira, Fontão e todo o seu Ribeiro.
De Verão o Professor Turcato "marido da ti Ana Margarida" ia habitar no Pavão para cuidar aí as suas terras e ao mesmo tempo aproveitava para dar aulas aos alunos do Aguincho, Malhadinha e Teixeira.
Não se sabe ao certo o número de alunos na Fontanheira, mas no Pavão chegaram a andar na escola 32 alunos
O Professor Turcato aprendeu com os Jesuítas, julgo ter sido discípulo do Jesuíta Galvão que veio habitar a Malhadinha no tempo do nosso antepassado Costas Largas "deste Jesuíta Galvão resta um pequeno Missal parte do mesmo com matemática" e talvez uma família que o desconhece "como antigo jesuíta"
Este missal foi dado ao ti António do Pavão, julgo que por uma neta do antigo Jesuíta como forma de pagamento pelo arranjo de uma palheira talvez há mais de 80 anos lá na Malhadinha. O Filho do ti António do Pavão hoje com perto de 90 anos "último homem a nascer no Pavão" guarda esse Missal religiosamente
A escola era paga em géneros, sabe-se que se dava uma ovelha para a primeira parte dos estudos "aprender contas e saber assinar" este curso era o mais frequente,
dava-se uma segunda ovelha ou equivalente para aprender a ler e a escrever
Devo acrescentar que Costas Largas sabia ler e escrever no tempo em que só 10 a 15 por cento da população Portuguesa o conseguia…
Ou melhor funcionava de Inverno na Fontanheira , com os alunos de Frádigas, Cova, Giesteira, Fontão e todo o seu Ribeiro.
De Verão o Professor Turcato "marido da ti Ana Margarida" ia habitar no Pavão para cuidar aí as suas terras e ao mesmo tempo aproveitava para dar aulas aos alunos do Aguincho, Malhadinha e Teixeira.
Não se sabe ao certo o número de alunos na Fontanheira, mas no Pavão chegaram a andar na escola 32 alunos
O Professor Turcato aprendeu com os Jesuítas, julgo ter sido discípulo do Jesuíta Galvão que veio habitar a Malhadinha no tempo do nosso antepassado Costas Largas "deste Jesuíta Galvão resta um pequeno Missal parte do mesmo com matemática" e talvez uma família que o desconhece "como antigo jesuíta"
Este missal foi dado ao ti António do Pavão, julgo que por uma neta do antigo Jesuíta como forma de pagamento pelo arranjo de uma palheira talvez há mais de 80 anos lá na Malhadinha. O Filho do ti António do Pavão hoje com perto de 90 anos "último homem a nascer no Pavão" guarda esse Missal religiosamente
A escola era paga em géneros, sabe-se que se dava uma ovelha para a primeira parte dos estudos "aprender contas e saber assinar" este curso era o mais frequente,
dava-se uma segunda ovelha ou equivalente para aprender a ler e a escrever
Devo acrescentar que Costas Largas sabia ler e escrever no tempo em que só 10 a 15 por cento da população Portuguesa o conseguia…
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
FONTANHEIRA = FRONTEIRA
FONTANHEIRA = Fronteira
Dividia as freguesias em tempos concelhos de Vide e Loriga, hoje são “Coiços do Moinho” que faz a divisão das actuais freguesias.
FONTANHEIRA, sítio da Freguesia de Loriga, foi quase uma aldeia entre 1880 1935 só que Loriga nunca a aporfilhou como tal, daí que se tenha mantido sempre como um sítio da aldeia do Fontão e a partir de 1940 um sítio da aldeia de Frádigas.
Fontanheira durante cerca de 50 anos foi o centro de convivência de Frádigas.
Até 1937/8 ou seja até ser construída a capela de Frádigas era aí que se realizavam os grandes bailaricos.
Era também na Fontanheira que funcionava a mercearia que abastecia não só a quinta das Frádegas como o Pavão, Outeiro da Cova, Giesteira e todo o Ribeiro do Fontão.
Assim como era na Fontanheira que existia a escola "do Professor Turcato" História que conto mais adiante
Nos seus tempos áureos a Fontanheira terá tido mais de 50 habitantes.
Dividia as freguesias em tempos concelhos de Vide e Loriga, hoje são “Coiços do Moinho” que faz a divisão das actuais freguesias.
FONTANHEIRA, sítio da Freguesia de Loriga, foi quase uma aldeia entre 1880 1935 só que Loriga nunca a aporfilhou como tal, daí que se tenha mantido sempre como um sítio da aldeia do Fontão e a partir de 1940 um sítio da aldeia de Frádigas.
Fontanheira durante cerca de 50 anos foi o centro de convivência de Frádigas.
Até 1937/8 ou seja até ser construída a capela de Frádigas era aí que se realizavam os grandes bailaricos.
Era também na Fontanheira que funcionava a mercearia que abastecia não só a quinta das Frádegas como o Pavão, Outeiro da Cova, Giesteira e todo o Ribeiro do Fontão.
Assim como era na Fontanheira que existia a escola "do Professor Turcato" História que conto mais adiante
Nos seus tempos áureos a Fontanheira terá tido mais de 50 habitantes.
COLHÃO DO GALO "COLHÃO DE GALO"
COLHÃO DE GALO
“Colhão de Galo” é o nome de um sítio das Frádigas entre vários que Frádigas tem. Antes de ser Colhão de Galo era simplesmente conhecido por Chão, mais tarde por Prados do Chão, e mais recentemente por Prados do Colhão de Galo e actualmente Colhão de Galo.
Porquê Colhão de Galo?Quando a Quinta das Frádegas foi repartida, nos Prados do Chão os herdeiros como eram muitos herdaram pequeninas parcelas, só um "colhãozito” (expressão utilizada para designar coisa pouca). colhãozito = colhão de galo.Nota:Quando se tratava de coisa pouca utilizava-se o termo colhãozito.Se de coisa muito pouca se tratasse seria, um coisito.Tratando-se de “muito muito pouco” seria um cisquito.Cisquito em Loriga julgo ser chisquito.Chisquito aqui nas Frádigas só se referia a bebida, como quando o fulano já tinha bebido dizia:Só mais um Chisquito ou só mais um Cisquito dependendo sempre o alcóol que já tinha na dorna.
“Colhão de Galo” é o nome de um sítio das Frádigas entre vários que Frádigas tem. Antes de ser Colhão de Galo era simplesmente conhecido por Chão, mais tarde por Prados do Chão, e mais recentemente por Prados do Colhão de Galo e actualmente Colhão de Galo.
Porquê Colhão de Galo?Quando a Quinta das Frádegas foi repartida, nos Prados do Chão os herdeiros como eram muitos herdaram pequeninas parcelas, só um "colhãozito” (expressão utilizada para designar coisa pouca). colhãozito = colhão de galo.Nota:Quando se tratava de coisa pouca utilizava-se o termo colhãozito.Se de coisa muito pouca se tratasse seria, um coisito.Tratando-se de “muito muito pouco” seria um cisquito.Cisquito em Loriga julgo ser chisquito.Chisquito aqui nas Frádigas só se referia a bebida, como quando o fulano já tinha bebido dizia:Só mais um Chisquito ou só mais um Cisquito dependendo sempre o alcóol que já tinha na dorna.
SEGUNDA GERAÇÃO DA QUINTA DAS FRADEGAS " NASCIDOS 5 NO OUTEIRO, 8 NA QUINTA NOVA E 8 NO ALTO DAS BARREIRAS
OS 21 NETOS DO "COSTAS LARGAS"
A Quinta das Frádegas começou por ser habitada na primeira metade do séc.XIX, no sítio do chão, actual casa velha.O seu primeiro habitante foi:- Manuel João Freire, de cognome «O Costas Largas»
Faleceu solteiro nos finais do mesmo séc.XIX, embora tivesse tido 2 filhos e 2 filhas que por sua vez lhe deram 21 netos sendo eles:
1-José João,
2-António João,
3-Joaquim Freire,
4-Manuel Freire,
5-Ana Mendes,
6-Maria dos Prazeres,
7-Maria da Natividade,
8-Maria do Carmo,
9-António Martins,
10-Maria da Anunciação Martins,
11-Maria José Martins,
12-Maria Rita Diniz,
13-Maria José Diniz,
14-José das Neves,
15-Alexandrina das Neves,
16-Ana das Neves
Estes16 ficaram a habitar em Frádigas,
17-Manuel Martins, em Ribeira de Balocas,
18-António Diniz, em Barriosa,
19-Maria dos Anjos, em Rio de Mel,
20-Maria da Anunciação, no Brasil,
21-Maria da Natividade Martins, na Argentina.
Destes 21 há 4 que embora não sendo netos de sangue foram criados como tal, sendo hoje os seus descendentes; herdeiros também da Quinta das Fradegas.
Frádigas lugar já era habitada antes; por caseiros dos Lages de Loriga e Barriosa, pois eles eram detentores de 3 parcelas que no seu total não tinham uma área superior a dez por cento do total da Quinta das Fradegas, dos descendentes desses caseiros de poucos se sabe.
Sabe-se sim que a descendência dos 21 netos da Quinta das Fradegas conta hoje cerca de oitocentos membros.
“CjtM bisneto de Costas Largas”
OS 4 FILHOS DE MANUEL JOÃO FREIRE "O COSTAS LARGAS"
A primeira geração a nascer na Quinta das Fradegas
1 - José João Freire
2 - Manuel João Freire "Junior"
3 - Joseplina Freire "tiá Zéfa"
4 - Ritta Freire
1- Construio e habitou a actual casa dos herdeiros do tio Joaquim Freire "Joaquim Mendes" e fez a Quinta Nova
2 e 3 - Construiram e habitaram no alto das Barreiras , respetivamente a actual casa do Serafim Martinho e a actual casa dos Caramelos "casas essas que fazem fronteira com a quinta nova"
4 - Deixou os três irmãos nesta forma de triângulo e foi para o Outeiro, construio e habitou a casa do forno
Assim a Quinta das Fradegas deverá ter perdido o seu nome , "devido às partilhas" ; com uma nova Quinta e dentro dela ... A Quinta Nova , as barreiras que já existiam e o outeiro que também passou a ter terra de cultivo.
1 - José João Freire
2 - Manuel João Freire "Junior"
3 - Joseplina Freire "tiá Zéfa"
4 - Ritta Freire
1- Construio e habitou a actual casa dos herdeiros do tio Joaquim Freire "Joaquim Mendes" e fez a Quinta Nova
2 e 3 - Construiram e habitaram no alto das Barreiras , respetivamente a actual casa do Serafim Martinho e a actual casa dos Caramelos "casas essas que fazem fronteira com a quinta nova"
4 - Deixou os três irmãos nesta forma de triângulo e foi para o Outeiro, construio e habitou a casa do forno
Assim a Quinta das Fradegas deverá ter perdido o seu nome , "devido às partilhas" ; com uma nova Quinta e dentro dela ... A Quinta Nova , as barreiras que já existiam e o outeiro que também passou a ter terra de cultivo.
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